27 de março de 2010

Terráqueos

Uma vez que todos nós habitamos a Terra, somos todos terráqueos. Não há sexismo, racismo ou especismo nesse termo. Ele abrange cada um de nós: de sangue quente ou frio, mamífero, vertebrado ou invertebrado, pássaro, réptil, anfíbio, peixe e humanos. Humanos, então, não sendo a única espécie no planeta, compartilham este mundo com outros milhões de criaturas vivas, já que todos vivem aqui juntos.
Entretanto, é o terráqueo humano que tende a dominar a Terra, freqüentemente tratando outros terráqueos e seres vivos como meros objetos. Isso é o significado de “especismo”: Por analogia ao racismo e ao sexismo, o termo corresponde a um preconceito ou atitude tendenciosa em favor dos interesses dos membros de sua própria espécie e contra os membros de outras espécies. 


Racistas violam o princípio de igualdade dando maior valor aos interesses de sua própria raça, quando há conflito entre os seus interesses e o interesse de outra raça. Sexistas violam o princípio da igualdade favorecendo os interesses de seu próprio sexo. De forma similar, especistas permitem que os interesses de sua própria espécie sobreponham aos interesses maiores de membros de outras espécies. Em cada um dos casos, o padrão é idêntico.
Sem dúvida, animais não - humanos não possuem todos os desejos de um homem e concordamos que eles não compreendem tudo que nós, humanos, compreendemos. No entanto, nós temos desejos em comum e compreendemos coisas que eles também compreendem. O desejo por comida e água, abrigo e companhia, liberdade de movimentos e de viver sem sentir dor.

A nossa obrigação com os animais, e como devemos tratá-los moralmente, são perguntas cujas respostas começam com o reconhecimento da nossa semelhança psicológica com eles. “No seu comportamento em relação aos animais, todos os homens são nazistas. A presunção com a qual o homem pode fazer o que quiser com outras espécies exemplifica as teorias racistas mais extremas: a lei do mais forte”. A comparação com o Holocausto é intencional e óbvia. Um grupo de seres vivos angustia nas mãos de outro. Embora alguns possam argumentar que o sofrimento de animais não possa ser comparado ao sofrimento dos judeus e escravos, há de fato um paralelo. E para os prisioneiros e vítimas deste assassinato em massa, o seu holocausto está longe do fim.
É necessário um novo conceito sobre os animais. Longe da natureza e vivendo através de artifícios complicados, o homem na civilização vigia as criaturas através do vidro do seu conhecimento e vê, portanto, os detalhes de uma pena, mas uma imagem geral distorcida. Nós, os padronizamos por serem incompletos, pelo seu trágico destino de terem se formado um pouco abaixo de nós. Assim, os terráqueos erram gravemente pois os animais não podem ser avaliados pelo homem.
Num mundo mais velho e mais completo que o nosso eles se movem completos e confiantes, dotados com extensões dos sentidos que nós perdemos ou nunca possuímos, guiando-se por vozes que nós nunca ouviremos.

Texto baseado no documentário “Terráqueos” e retirado do site http://www.obafloripa.org/blog/2010/01/somos-todos-terraqueos/

Para assistir o documentário sobre a nossa dependência dos animais, acesse: http://www.vista-se.com.br/terraqueos/

Por Nathália Mota

2 comentários:

  1. Filhos da puta racistas! Comparar os negros com animais! Natália, vai foder com um cavalo e deixa de ser racista, sua cabra!

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