Não importa se os ovos são brancos, como os de granjas, ou se são caipiras, de sítios comerciais. Sempre haverá crueldade e exploração de animais. O próprio fato de existir compra e venda de animais em qualquer negócio já caracteriza a exploração. A partir do momento que um animal é citado como fonte geradora de renda para um ser humano, ali está a exposta a escravidão.
A indústria de ovos cria bilhões de filhotes de galinha por ano. No ato da “seleção”, os machos e os filhotes com problemas causados por serem chocados de forma artificial são “descartados”, jogados literalmente no lixo. Muitas vezes são enviados diretamente para um moedor (ainda vivos) e posteriormente transformam-se em ração para os animais que ainda estão vivos. Já as filhotinhas fêmeas serão novas galinhas poedeiras num ciclo insano que visa apenas uma coisa: o lucro.
Muitas pessoas pensam que os filhotes machos das galinhas poedeiras são “reaproveitados” para o mercado de frango de corte. Mas são raças diferentes. Os machos da indústria dos ovos não têm valor comercial assim como os filhotes machos da indústria do leite.
É inegável que galinhas criadas soltas têm uma vida mais digna – se é que podemos chamar de digna – que as galinhas enfiadas em minúsculas gaiolas nas granjas de ovos brancos. Mas se estamos falando em não usar os animais para os nossos prazeres gastronômicos desnecessários, não faz sentido medir o nível de exploração que queremos em nosso prato.
Ovos brancos e ovos caipiras: cadê o pintinho?
É comum o pensamento de que cada ovo quebrado na frigideira é um pintinho em formação. Não é. Nas granjas de ovos brancos as galinhas poedeiras não têm contato com os machos de sua espécie. Logo, não há fecundação. Assim, seria impossível haver um feto ali. De qualquer forma, não é menos nojento comer uma omelete já que aqueles líquidos que saem da casca direto para a frigideira são, na verdade, placenta e menstruação de uma fêmea. A gema é o exato equivalente do óvulo que as mulheres liberam todo mês. Mas, nas galinhas, o ciclo têm duração diferente.
Já os ovos oriundos das galinhas “caipiras”, criadas soltas, têm grande chance de conter um embrião dentro. Um aborto com arroz para o almoço?
Os ovos de galinha são tão importantes para a alimentação humana quanto os ovos de tartaruga.
Pense nisso: não há nenhuma necessidade de consumir ovos, sejam eles de galinha, tartaruga ou papagaio. Você pode adotar um estilo de vida muito mais saudável para todos: os animais, você e o planeta. Descubra o veganismo no seu dia a dia: www.sejavegano.com.br
Fonte: Vista-se
Por Nathalia Mota
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