Quando o interesse é despertado para outros assuntos, principalmente aqueles que oferecem contrastes, e tem por si, acima de tudo, razões suficientes para contestar hábitos que influenciam diretamente a valores morais e estéticos, somos declarados uma ameaça ou a separação absurda da sociedade.
E, por mais que você tente explicar ou esclarecer que tais práticas podem lhe proporcionar uma vida que põe por terra uma sucessão de tolices, você ainda está sujeito a todo tipo de preconceito.
A prática vegetariana é sinônimo muitas vezes de um pensamento radical e extremista, contendo dentro disso, uma gama de declarações absurdas das quais estou convencido de que muitos indivíduos desconhecem a representatividade deste sistema alimentar que oferece tudo que é essencial em nossas vidas.
Por muitas vezes tenho a sensação de que estou sendo provocativo com tal prática, pela autêntica restrição alimentar à qual me propus. Embora a sociedade em si não mereça explicações.
Como poderia me culpar pela prática de um sistema no qual afirma Albert Einstein (vegetariano por princípio e praticante fervoroso) “que por seus efeitos físicos, o sistema de vida vegetariano influirá de tal maneira sobre o temperamento do homem, que em muito melhorará o destino da humanidade”.
Boa parte da humanidade, originariamente, se alimentou mais de vegetais do que propriamente de outros produtos à base de origem animal.
Fugir da alimentação natural e se entregar a um regime artificial pode ter conseqüências lamentáveis para o nosso organismo e principalmente a desintegração da natureza.
Ainda com entusiasmo e dedicação, mantenho meus interesses, sejam eles particulares ou não, no que pode ser praticado por todos, isso sem interferir na formação consciente de cada indivíduo.
A experiência na prática me mostrou que se pode viver muito bem sem substâncias de origem animal, sem inconvenientes morais ou científicos.
Para aqueles que desconhecem outros modelos de alimentação, com bases explorativas, o vegetarianismo é a orientação de alguns indivíduos que não oscilam de opinião constantemente.
Pois é a prática que estimula a reflexão.
* Texto também publicado na Revista “menine queer_comics # 0
Fonte (Recomendo!)
Por Alex Peguinelli
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