16 de outubro de 2011

Pinguins encontrados na costa capixaba são devolvidos ao mar


Doze pinguins foram devolvidos ao mar neste sábado (15), no Espírito Santo. Outros 12 continuam se recuperando no Instituto de Pesquisa e Reabilitação de animais Marinhos, em Vila Velha. Nesta madrugada, animais foram transportados em um carro do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema). Eles foram levados até o balneário de Iriri, no município de Anchieta, no Sul do estado, em caixas de madeira, ventiladas por todos os lados.

Pinguins são reabilitados no Espírito Santo (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Identificados com anilhas, os pinguins receberam atenção especial para evitar o estresse e a fadiga. Eles comeram sardinhas e, depois de uma hora e meia de viagem e quase 20 quilômetros da praia, os pinguins foram devolvidos ao mar. Essa é a primeira vez que esse tipo de animal marinho retorna ao hábitat natural, no Espírito Santo. Os pinguins foram encontrados em praias capixabas entre junho e setembro deste ano. Os primeiros pinguins de Magalhães foram identificados em praias do Norte capixaba e da Grande Vitória em junho de 2011. Em anos anteriores, a chegada dos animais era esperada somente em meados de julho. Eles percorrem mais de 3,5 mil quilômetros da Patagônia, seu local de origem, até o Espírito Santo, e chegam muito cansados, fracos e com ferimentos. Os pinguins possuem colônias na Patagônia, Argentina, e se alimentam de peixes como anchova e a sardinha. Quando atingem a juventude, sobem a costa do Atlântico em direção ao Norte, seguindo as correntes marinhas em busca de alimento. Entre os fatores que estão sendo estudados por especialistas, para explicar o aparecimento dos pinguins na costa capixaba, está o fenômeno La Niña, que influencia as correntes. Os animais encontrados foram alojados em um terreno cedido por uma empresa privada, localizado próximo ao Farol de santa Luzia, em Vila Velha. Os pingüins foram alimentados com, aproximadamente, um quilo de peixe por dia, além de serem medicados com fungicidas e antibióticos. Dois dos 13 animais que foram soltos neste sábado chegaram ao estado em 2010, e tiveram que esperar quase um ano pelo regresso à Patagônia, já que a soltura é feita em grupo. “Na época da soltura de 2010 eles ainda não tinham se recuperado, estavam doentes, por isso, tiveram que aguardar até essa temporada. Eles resistiram bravamente desde o ano de passado esperando a oportunidade de serem soltos junto aos demais”, explicou a coordenadora do Grupo de Fauna do Iema, Tainan Bezerra. 
Fonte: G1
Por Henrique Cruz.

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