29 de dezembro de 2010

Vídeo de bebês salvos da indústria do leite - Casanova e Sonny




De marejar os olhos. Creio que não exista melhor definição para o que você vai assistir em instantes. Sem cenas fortes, o filme de 5 minutos abaixo mostra a história de 2 bebês que foram salvos pelo santuário norte-americano Animal Acres


O lugar é uma fazenda onde é possível encontrar diversas espécies de animais que foram salvos da indústria de produtos de origem animal. Os bebês no vídeo, chamados Casanova e Sonny, foram resgatados de uma fazenda que produz leite. 


Todos sabemos, ou deveríamos saber, que a indústria do leite funciona assim (forma simplificada): Para dar leite, as vacas devem permanecer prenhas – este processo é feito normalmente com inseminação artificial. No período em que elas carregam um bezerro ou no período pós-parto, elas produzem leite, assim como uma mulher e assim como todos os mamíferos.
Quando um bebê nasce fruto da indústria do leite, ele tem 2 destinos possíveis:
Se for uma bebezinha fêmea: vai crescer e ser explorada como a mãe – inseminações e ordenha forçada do leite durante toda a sua curta vida.


Se for um bebezinho macho: vai ser descartado logo depois do nascimento – entenda “descartado” como morto para a produção de qualho animal para queijos – ou ficará trancado e acorrentado por alguns meses em pequenos espaços de madeira (cerca de 1 ou 2 metros quadrados) sem poder se movimentar ou ingerir alimentos com ferro. Isso para que fique literalmente anêmico e sua carne fique branca, macia. Esse tipo de carne repugnante chama-se vitela.

Em ambos os casos são afastados da mãe antes da primeira mamada. Talvez você esteja se perguntando “Como assim qualho para queijos?”
Para que o leite qualhe e dê continuidade aos muitos processos da fabricação de queijos, são usados produtos industrializados que em sua esmagadora maioria são produzidos a partir de uma enzima (quimosina) retirada do quarto estômago de bezerros machos que foram “descartados” da indústria do leite. 


Essa enzima também pode ser retirada do estômago de outros ruminantes, mas como a indústria do leite “produz” muitos bebês machos é muito mais barato e prático matar estes animais para aproveitar essa enzima e mandar o resto do corpo para a produção de adubos ou talvez algum tipo de produto embutido.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre a indústria do leite, veja a história dos 2 bebês que foram salvos. Infelizmente são casos isolados. Milhões de outros morrem por conta desta indústria que, não a toa, é considerada tão ou até mais cruel que a indústria da carne. Ajude a salvar mais bebês, não consuma produtos de origem animal e não financie mais a indústria da tortura. Seja vegano.
Vídeo no Youtube – A história de Csanova e Sonny (em inglês, mas as imagens já dizem tudo!)
Fonte


Por Natahalia Mota

28 de dezembro de 2010

DIREITO ANIMAL: DIREITO DE NÃO SER ESCRAVO DA HUMANIDADE

Há um trecho de uma das músicas de Raul Seixas que diz o seguinte: “O ser humano virou carrasco e vítima do próprio mecanismo que ele criou”. A espécie humana está na muito incômoda situação de realizar a autoescravização. De modo geral, somos escravos de um sistema social que consegue,com um certo êxito, determinar o que devemos pensar, o que não devemos pensar, o que devemos fazer, o que não devemos fazer,etc. Tornamo-nos, mais ou menos, marionetes, e assim ficamos com pouca capacidade de interferir de modo bem mais substancial no desenrolar da sociedade humana. Somos também escravos das ideias, habilmente gravadas em nossos conjuntos de valores desde criança, que não somos capazes de, sozinhos, libertar-nos de hábitos que nós já percebemos com clareza que nos são muito nocivos, e também ao planeta. Penso que a escravidão que os seres humanos impõem aos animais não humanos só vai poder acabar definitivamente quando cada ser humano passar a agir com suficiente autonomia, pondo fim a essa sutil e avassaladora autoescravização da espécie humana.
No entanto, há outros fatores preponderantes que respondem pela perpetuação da ideia que os animais nascem para servir à humanidade, sem nenhum limite ético considerável para tal prática insana. A grande maioria das pessoas é bem sensível ao sofrimento que são obrigados a suportar burros e cavalos que trabalham como escravos tracionando carroças, e dos bois durante as abomináveis vaquejadas, por exemplo; porém, quase todas essas pessoas não se levantam para dar um basta a tais práticas diabólicas. Mas como fazer isso se desde criança é habilmente gravado em seu conjunto de valores a ideia que animal não humano nasce para servir à humanidade, usando um veículo de fundo religioso para isso. O bem respeitado teólogo católico Thomas de Aquino, que viveu no século XVII ousou escrever e divulgar publicamente: “(...)os animais são para uso do homem; também, sem nenhum prejuízo, este pode servir-se deles, seja matando-os, seja de qualquer outro modo”. Infelizmente, essas propostas muito indecentes eram práticas comuns entre os padres da Europa da idade média, por exemplo. A teia social brasileira foi tecida, durante vários séculos, baseando-se em tais ensinamentos, que vinham com uma roupagem divina para poder ter a devida credibilidade junto à população. Dessa forma, a pessoa para dizer não à escravidão animal, teria que se chocar com ideias que estão arraigadas em seu conjunto de valores, e que têm uma roupagem divina, e contestar um ensinamento divino parece ser uma idiotice; porém é perfeitamente plausível pôr em dúvida que a fonte do ensinamento seja divina, e para tanto é necessário mais autonomia, e mais coragem de cada pessoa para libertar-se da ideia que o ser humano tem o direito de torturar animais não humanos, inclusive no entretenimento humano.
Durante a idade média, na Europa, os bispos católicos pregavam que o sol girava em torno da Terra, pois entendiam que esse era um ensinamento divino, ou queriam dar a entender à população que pensavam assim; porém, pouco a pouco, nas décadas seguintes, esse ensinamento teve que deixar de ser divino, pois foi ficando bem evidente que era uma grande mentira, e a igreja católica teve que mudar de posição porque quase toda a população percebeu que era bem mais aceitável as explicações dos especialistas da época em detrimento das explicações dos bispos. Os ensinamentos religiosos não são estáticos, eles podem mudar, mas para tanto é necessário que haja uma certa revolução no comportamento das pessoas envolvidas diretamente com uma determinada religião. As religiões que apoiam substancialmente a ideia que os animais nascem para servir à humanidade serão cada vez mais pressionadas a defender a ideia oposta se cada vez mais pessoas acordarem desse pesadelo, e decidirem dar um basta à ideia do animal-objeto a serviço do ser humano.
Os animais nascem livres, porém os seres humanos privam bilhões de animais todos os anos desse precioso bem natural, entendendo que dispõem de uma espécie de permissão divina; temo só de pensar se os seres humanos entendessem ter recebido uma espécie de permissão diabólica para lidar com os outros animais.
Johanns de Andrade Bezerra 
Por Janaína Camoleze 

26 de dezembro de 2010

O agradecimento dos animais pelo Natal ou "Hoje eu sou uma estrela"

Texto de Márcio de Almeida Bueno

Esqueça o oba-oba das lojas, os empurroões no trânsito e a expectativa de folga, bebida e comilança. Somente o olhar dos animais não-humanos é verdadeiro, dentre o furacão que os engole com mais força, no final de cada ano. Os animais da pecuária encaram o fim de suas vidas – ‘eles nasceram para isso’ – enquanto contemplam o traseiro de um clone seu, nos bretes e corredores de concreto que antecedem a mesa farta preparada com tanto esmero pelas famílias de bom coração.

O olhar de quem não sabe chorar, já que a reza na hora do desespero é exclusividade na lista da racionalidade – essa qualidade que separa a humanidade das bestas-feras. O olhar de quem viu o filhote ser puxado para longe de si pelos funcionários da fazenda, esse lugar bucólico onde os animais são tratados como reis, já que optaram por isso em troca de suas liberdades.

O olhar do frango que está encaixotado, empilhado em um caminhão que passa na nossa frente quando estamos na estrada, rumo às férias. Perdemos um segundo, apenas, pensando nisso. Não há espaço para que ele nos dê um tchauzinho, talvez agradecendo pelo doce toque da morte que o aliaviará e abreviará sua existência marcada pela ausência de mãe, confinamento, horários alterados para ditar o ritmo da engorda e opressão no dia-a-dia.

‘Obrigado Papai Noel ou menino Jesus por me tirar de um aviário com outras milhares de aves. Obrigado pela ração e água que mantiveram este corpo vivo, pois ele vale pelo preço que alguém paga. Não tem o valor que minha mãe, animal como eu, instintivamente perceberia, e por isso me defenderia, em condições normais. Aqui sou um entre milhares, e não parece fazer muita diferença se eu morrer agora ou esperar o caminhão dos caixotes. Nasci de uma máquina de ovos, mas espero encontrar minha mãe, ciscando a meu lado, algum dia.

Obrigado Deus humano pela corrente que sempre existiu em torno do meu pescoço, que não me permite caminhar até o horizonte. Ou até o ponto onde há sombra, onde a água da chuva não está empoçada. Agradeço pelos dias que lembraram da minha existência, e sobras de comida chegaram até onde esta corrente permitiu alcançar. Obrigado, Papai Noel, por ter sido escolhido como animal de estimação por uma faímila de humanos.

Obrigado, espírito natalino, por eu ter puxado tanta carroça em meio à fumaça de óleo diesel, fraco, assustado e sedento, que enfim eu tombei no asfalto. A última surra que tomei do carroceiro, para que eu me levantasse, permitiu que enfim meu espírito pudesse cavalgar livre naquelas campos verdes onde quadrúpedes iguais a mim, porém belos e com longas crinas, correm sentindo o vento da natureza. Acho que o esforço que fiz diariamente para tirar meu condutor da miséria, ou pelo menos diminuir sua pobreza, foi menos do que eu poderia, entao eu aceito meu castigo.

Obrigado, família do presépio, por eu ter sido o escolhido para, ainda bebê, estar na mesa de tantas residências, para ter meu pequeno corpo saboreado em uma bonita bandeja, assado e servido à meia-noite. Ainda não entendi por que nasci e morri tão rápido, se fiz algo errado a ponto de não poder crescer um pouco mais em um lugar que, onde vi, havia outros como eu, alguns bem gordos. Mal lembro da minha mãe, mas lembro que ela não podia se virar, cercada em um gradeado enquanto mamávamos. Talvez tenha sido azar, talvez tenha sido sorte.

Obrigado meu Deus, por eu poder ajudar tanta gente a usar um xampu que não irrite os olhos, uma maquiagem que não cause problemas, um produto qualquer a ser dado de presnete neste Natal, que nunca vou saber direito, que atendeu os humanos em suas expectativas mais simples. Estive em um laboratório, cercado de pessoas de jaleco branco, durante tempo suficiente para saber que sou parte importante do progresso, que a Ciência evoluiu graças à minha dor, meu aprisionamento e tudo aquilo que os produtos geraram nos meus olhos e no meu corpo. Fico grato por ter ajudado.

Obrigado Maria, mãe de todas as mães que, zelosas como eu, dão leite a seus filhos durante anos, mesmo após o fim de sua amamentação natural. Minha vida neste estábulo, com úberes gigantes e doloridos, plugados em uma máquina, é o sacrifício que faço para a saúde humana. Não percebi, ainda, em minha mentalidade abaixo da humana, porque o leite de meus filhos vai para os filhos de outra espécie, e até quando já são adultos. Meu filhote não está mais ao alcance de minha vista, foi retirado cedo de meu lado, mas sei que o papel dele, como vitelo, ocupa espaço de respeito junto aos humanos. É alvo de muitos comentários e elogios. Pelo menos é o que imagino, pois o sacrifício é doloroso o suficiente para, respeitosamente, ousar questionar o porquê de minha existência. Mas agradeço mesmo assim, Papai Noel.

Obrigado pelas palmas cada vez que apareço no picadeiro. O olhar das crianças me faz esquecer a minha vida de tédio e imobilidade, viajando de cidade a cidade. Quem sabe um dia eu e os demais animais cheguemos ao lugar de onde viemos, que deverá ter muitas árvores, rios e espaços para correr. Enquanto isso, eu repito as manobras noite após noite, mostro os mesmos truques que, pela minha teimosia, eu custei a decorar. Quem sabe neste Natal eu ganhe uma última viagem, de volta ao habitat que jamais conheci em vida.

Obrigado Natal, por eu poder aquecer tanta gente elegante em momentos de frio. Nasci peludo tal como minha mãe, e como ela pude participar da indústria humana, essa coisa que traz tanto progresso, dando de bom grado minha própria pele para que maridos mostrem afeto à esposa, presenteando-as com belos casacos. Muita gente famosa e rica usa a pele que pode ter sido minha. Isso me enche de orgulho e faz valer o tempo que morei em uma gaiola pouco maior que meu próprio corpo. Já estava cansado de andar em círculos, lembrando dos bosques que um dia corri de cima a baixo. Mas um dia veio a dor que, por pior que tenha sido, me libertou finalmente. Ainda relutei alguns minutos, já sem pele, mas vi que a liberdade me abraçava e escurecia minhas vistas. Acho que valeu a pena, pois sou fotografado e até apareço na televisão, durante o inverno – pelo menos acredito que aquelas partes sejam minhas, cobrindo o corpo de pessoas tão bonitas e famosas. Obrigado aos responsáveis.

Obrigado a todos que vieram me assistir nesta arena. Ainda estou zonzo e ofuscado pela luz após dias de escuridão, mas já entendi que, aqui, eu sou a atração. Há um semelhante a mim, porém sem chifres e mais magro, e nele está montado um humano, com roupas garbosas e armas tão afiadas como as que já furaram tantos iguais a mim. Eu espero que tudo isto termine logo, pois o cansaço está vencendo a euforia, há tanto sangue que já não sei se é meu ou de alguém antes de mim, e está difícil fazer levantar a platéia tantas vezes. Que a morte venha me tocar com a mesma doçura da última vez que fui tocado pela minha mãe. Ela deve estar orgulhosa de um filho que resistiu até o fim, cercado de espadas, aplaudido, sangrando ajoelhado, língua de fora mas fazendo questão de participar do show até o fim. Acho que os aplausos são para mim, já que os olhares convergem para onde estou. E eu não sei onde estou.

Obrigado menino Jesus por ter nascido e feito seus iguais perceberem a necessidade de haver uma festa em seu nome, para redenção e paz, onde eu seria assado em espeto e saboreado por tantas pessoas felizes, sorridentes e em clima de fraternidade. Jamais imaginei que, sem saber falar, sem ter tido escolhas, seria eu o ponto central dos churrascos de de final de ano de tantas empresas, entidades, famílias e grupos a confraternizar. Aguardei este momento sempre em espaços com arame farpado, tal como a coroa que um dia finalmente lhe puseram na cabeça, e usei argola no nariz para que um filho seu, fiel e devoto, me conduzisse para o lugar certo. Apanhei da vida, mas quem não apanhou? Sempre soube que uma vida de aperto, confinamento, marcação a ferro quente, castração a frio e morte sobre o concreto teriam um sentido maior.

Obrigado por dar um norte a minha vida. Hoje, eu sou uma estrela.

Fonte

Por Alex Peguinelli

24 de dezembro de 2010

A outra metade do natal

[ Atenção: amanhã (25/12/2010) terá uma manifestação em Presidente Prudente - SP relacionando o natal e o direito à vida dos animais não humanos. Mais informações aqui! ]





"Nós, todos os animais temos o dom mágico de sentir que existimos.
Para nós, os animais, a vida pode ser bela.


Logo será nossa festa.


As guirlandas estão prontas, estão prontas as correntes, as facas, as gaiolas, os presentes. 
Em breve saborearemos mais ainda a alegria pelo fato de estarmos reunidos. Em breve os golpes e as facadas matarão mais do que normalmente. Os votos de "Paz na terra" e os votos de "felicidades" navegarão tranqüilamente sobre um mar de sangue ainda maior do que o habitual.


Muitos animais irão à grande festa: os vivos estarão em volta da mesa e os mortos, colocados no meio. Pois o mundo, como é dito, é feito de duas metades, uma nascida para reinar e a outra para morrer.



Feliz Natal, para quem?


Haverá pinheiros, papais noéis super simpáticos, presépios com um boi e um menininho. O boi não sentirá o cheiro do pinheiro nem o da palha. Ele terá o fôlego rouco do animal que cai; a vida escapará por sua garganta cortada; e, em seguida, os papais noéis repartirão seus membros com as criancinhas.

Em breve chegará o Reveillon, a noite dos 'bon vivants' com suas barrigas de cemitério.

Leitões que são amputados de seus rabos e de seus dentes, bezerros que são arrastados de joelhos para a derradeira viagem. Vocês, os mutilados, os prisioneiros, os asfixiados, os engordados à força, os eletrocutados, os estripados, a quem vocês se dirigem clamando piedade? Os 'bons vivants' com suas vozes melodiosas já cobrem seus gritos e ignoram seus lamentos. Eles falam de dons culinários e de forros de mesa rendados, eles celebram as talentosas mãos calosas (que seguram os facões, os funis, as redes) e o talento imenso de excitar as papilas gustativas cozinhando seres mortos.


Ou você fala a língua deles ou você é um desmancha prazeres. Para fazer parte da família é necessário organizar...



... a comunhão no sangue !

Natal ou Ano Novo sem perú, sem patê de fígado, sem salmão, sem caviar, sem ostras, sem leitão, sem mousse de pato, sem lagosta, sem chouriço, sem caviar... faltaria o essencial! Ter convidados e não oferecer carne, isso não se faz! Imagina, são nossos convidados, e devemos honrá-los, devemos provar-lhes nossa estima, mostrar como somos bons anfitriões!

Macabra comunhão paga com o preço de um sacrifício. Veja como te honro, imolei para você inúmeras vítimas! Somos seres iguais, dignos de ceifar as vidas daqueles que pertencem à outra metade.

Nesses tempos generosos, os mais pobres não serão esquecidos. Na França, são realizadas festas de reveillon humanitárias, e os pobres também receberão suas devidas partes de patê de fígado gordo. Depois serão mandados de volta para gelarem nas ruas, ungidos de dignidade.
  
La tierra toda el sol y el mar [A terra toda, o sol e o mar] Son para aquellos que han sabido, [são feitos para aqueles que sabem] Sentarse sobre los demàs.[passar por cima dos demais.] Me lo decía mi abuelito, [Isso é o que meu avô sempre me dizia] Me lo decía mi papà [e também meu pai.] Me lo dijeron muchas veces, [Me disseram tantas e tantas vezes,] Y lo he olvidado siempre màs. [e eu sempre ignore] José Agustin Goytisolo

E eu, qual o meu lugar ?


Eu que não tenho nem plumas, nem peles, nem espinhas... eu que sou, pela minha aparência, da raça dos sangradores. Como eu gostaria de agradá-los, como eu queria que eles me aceitassem, eu fingi acreditar na fábula das duas metades. Eu sabia, tanto quanto eles, saborear o gosto do assassínio e sabia rir espalhafatosamente dos cadáveres deliciosos. Mas, estar com eles custa muito caro.


Gostaria ainda assim que eles me amassem e gostaria de poder amá-los, mas vejo claramente que eles esmagam com sangue frio aqueles da outra metade, dos quais também faço parte. Nunca mais estarei do lado dos carcereiros. No dia da grande festa, se apenas existirem dois campos, escolherei o outro lado.


Tirem-me as vísceras como fazem com os esturjões ainda vivos. Explodam meu fígado, como o fazem com o dos patos. Arranquem meus testículos, como o fizeram com os outros animais que foram capados. Esquartejem-me, como fazem com as rãs. Fervam-me, como as lagostas são fervidas. Que dentes sorridentes coloquem minha carne em farrapos como aquela dos outros perús, bezerros, cordeiros e salmões.


É realmente necessário escolher entre o pior e o pior? Reunir-se aos supliciados que agonizarão abandonados de todos; ou bem aos assassinos que, risonhos, lambendo os beiços, apontam para o matadouro ? 

Não, não, não, não !


Eu denuncio

Denuncio a mediocridade e a covardia ...de desprezar os outros para assim se assegurar de sua própria importância. Denuncio o espírito comunitário que é construído tendo como base a exclusão. Podemos criar laços de formas diferentes, sem termos que ser cúmplices dos mesmos crimes. Esqueçamos o odioso mito do mundo dividido em duas metades, esqueçamos a sinistra máquina que fabrica a infelicidade. 

Quero que existam, de verdade, os papais noéis gentis, a paz sobre a terra e a fraternidade. Que possa florescer o calor animal e a alegria de existir de porquinhos brincalhões, de patinhos amorosos e de seres humanos risonhos.
Para todos nós, os animais, a vida pode ser mais bela. 




Que, enfim, a verdadeira festa comece,a festa sem sacrifício."



Manifesto Loen 

Por Nathália Mota

Manifestação: "Feliz Natal? Pra quem?" [Presidente Prudente - SP]


Amanhã (dia 25/12/2010, às 17 horas, no Pq.do Povo em Presidente Prudente - SP, ocorrerá uma manifestação pacífica relacionando o natal e o direito à vida dos animais não humanos.

Como você pode nos ajudar?
 - Participando conosco dessa manifestação!

Contamos com sua presença!
Obs: Se puder, vá de camiseta branca - isso demonstra nossa organização.

Por Willian Santos

21 de dezembro de 2010

Acervo de natal a favor da vida


Os panfletos acima estão disponíveis para download AQUI!


"Neste Natal não contribua com a morte. Faça parte da solução: viva e deixe viver. "


Segue abaixo fotos que podem ser úteis nessa época natalina
(Clique nas imagens para ampliar)















































Obs: Todas essas fotos são parte de arquivos da internet e nenhum pertence ao VIDA.


Por Nathalia Mota

19 de dezembro de 2010

Manifestação de Natal realizada!

No último sábado, dia 18/12/2010 o V.I.D.A. realizou uma manifestação relacionando o natal e o direito à vida dos animais não humanos.

Além de mais de 1500 panfletos distribuidos, abordamos o público com exposição de fotos mostrando a realidade do consumo de animais e o que fazer para não contribuir com essa exploração sem sentido nenhum.

Também vendemos DVDs por R$1,00 (a preço de custo) para informar a população da cidade de Assis e distribuimos comidas veganas deliciosas.

O V.I.D.A. agradece a todos que participaram e reforça a importância de estarmos juntos nessas manifestações e em reuniões para nos fortalecermos como coletivo e podermos conscientizar mais pessoas. 
Quem quiser participar das reuniões ou das manifestações, entre em contato conosco! Sempre precisamos da sua ajuda!

Mais fotos da manifestação:

 

































Mais fotos no orkut do V.I.D.A.
Por Nathalia Mota

15 de dezembro de 2010

Manifestação: "Feliz Natal? Pra quem?"


Eae, pessoal!
No próximo sábado (dia 18/12/2010, às 13 horas, próximo à Loja Pernambucanas de Assis-SP), faremos uma manifestação pacífica relacionando o natal e o direito à vida dos animais não humanos.
Abordaremos o público por meio de panfletagem, exposição de fotos e degustação de pratos veganos.

Como você pode nos ajudar?
 - Participando conosco dessa manifestação!
 - Contribuindo com a confecção de panfletos (R$)
 - Doando DVDs virgens
 - Levando para essa manifestação um prato vegano simples


Contamos com sua presença!
Obs: Se puder, vá de camiseta branca - isso demonstra nossa organização.
Obs²: Para mais informações, entre em contato conosco.
Segue  abaixo um dos textos de apoio para a manifestação


Feliz Natal? Pra quem?

“Vivemos em um estado de dormência moral, que nos torna cegos e apáticos a muitos comportamentos considerados “normais e naturais” por uma sociedade de cegos. Acomodados a repetição dos erros de nossos antepassados - sem questionar a maioria deles - comemoramos o nascimento do filho de um Deus “misericordioso e benevolente”, celebrando a paz e a compaixão; reunidos, em família, ao redor de ossos, músculos e vísceras que ora pertenciam ao corpo de animais de outras espécies.

Não parece que seja um comportamento natural, que seres humanos, que se dizem racionais, mais evoluídos, espiritualizados e sensíveis, sejam coniventes com as conseqüências de suas escolhas alimentares, que acarretam o aprisionamento, a tortura, o estupro, a escravidão, o assassinato e o consumo dos corpos de outros seres também capazes de amar, sofrer, sentir medo, angústia, dor, carinho e outras infinidades de sentimentos e sensações.

Por mais que a indústria da morte tente nos convencer que as vacas e galinhas vivam soltas e felizes, nenhum delas concordaria em ser assassinada para ter seu corpo consumido em uma festa religiosa para evocar a paz entre os homens.

Peru de natal? Como é possível que ainda hoje as pessoas não tenham assimilado as mensagens de amor, paz e generosidade de Cristo?
A grande maioria alega (induzidos pela mídia) que ter no centro de suas comemorações cadáveres dos perus que sofreram “o diabo” é uma tradição antiga e muito importante. O engraçado é que ninguém faz questão de afirmar o mesmo em relação a ter de assistir à missa do galo e ficar em jejum o dia inteiro até que a Ceia seja servida, pois sabem muito bem que isso ninguém faz questão de cumprir, ou seja, dois pesos e duas medidas!
Os perus têm uma vida miserável, são criados amontoados, sem espaço para que possam abrir suas asas, caminhar, esticar as pernas, vivem sobre os seus excrementos e urina criando um gás de amônia que lhes queimam os olhos e os pulmões. A criação intensiva provoca inúmeras doenças nos animais. A carne de peru possui bactérias, antibióticos, hormônios e outras toxinas que podem causar sérios problemas na saúde humana.Muitos perus são alimentados com rações pré-fabricadas que costumam conter restos processados de outras aves, sem contar com o dano ambiental que as criações de animais geram. Nos matadouros são pendurados de cabeça para baixo em ganchos, são atordoados com banho eletrificado. Após o atordoamento têm suas gargantas cortadas e são mergulhados em água fervente, muitos ainda com vida, é isto que vai para sua Ceia de Natal comemorar o nascimento da vida?

Como é possível que Cristo esteja presente numa mesa onde a dor e o sofrimento estejam cravados em uma noite tão especial e santa? Por que as pessoas não incorporam o verdadeiro sentido do natal com atitudes de benevolência e respeito também com as outras espécies? Afinal, Cristo não pregava o amor incondicional?
Não há o que comemorar sentindo o cheiro da morte, sendo cúmplices desta onda de assassinato em massa, quando deveríamos estar de luto constante pela infinidade de animais mortos para saciar a fome de violência do homem.

Vamos nos humanizar mais, ensinar a nossos amigos e as crianças o verdadeiro sentido do natal. Nossa mesa pode ser farta, bonita e colorida como nenhuma outra e muito mais saudável sem a carne de um pobre animal.

Não existe tradição acima do bem e do mal, principalmente, quando maltrata e fere inocentes que não podem se defender.
Para todos nós, os animais, a vida pode ser mais bela. Que, enfim, a verdadeira festa comece, a festa sem sacrifício!”


Por Nathalia Mota

14 de dezembro de 2010

O Instituto Nina Rosa lança seu mais novo filme: “Vegana – Uma história de amor e respeito por todos os seres vivos”


O Instituto Nina Rosa, organização independente e sem fins lucrativos, que atua na valorização da vida animal, fará uma exibição especial na sexta-feira dia 17 de dezembro, da animação Vegana, do cartunista brasileiro Airon Barreto, diretor do estúdio Cosmic.




O ator e dublador Mauro Castro, a atriz Selma Egrei, a artista circense Gabriela Veiga e o músico Fernando Fanitelli, estes dois últimos membros da banda Teatro Mágico, participaram voluntariamente da dublagem da animação.
O argumento e o roteiro foram escritos por Nina Rosa, fundadora da ONG, Alexandra Lima G. Pinto, professora do Curso de Imagem e Som da UFSCar, e Sonia Felipe, professora de filosofia e ética da UFSC.
O Instituto Nina Rosa possui outros sete filmes sobre a vida animal: Fulaninho, o Cão que Ninguém Queria, Vida de Cavalo, O Gato Como Ele É, Olhar e Ver, Criando um Amigo, Não Matarás – os animais e os homens nos bastidores da ciência e A Carne é Fraca. Estas produções têm o objetivo de sensibilizar, educar, contribuir para que o amor permeie as consciências das pessoas e se irradie para os animais.
O filme Vegana, em breve, também terá sua versão em história em quadrinhos.
Veja o making of aqui



aqui o trailer:







Por Janaína Camoleze 

12 de dezembro de 2010

Prefeito de Nova Friburgo sanciona lei que proíbe rodeios

O prefeito em exercício Demerval Barboza Moreira Neto, mostrou-se sensível à causa da defesa dos direitos dos animais e sancionou, no último dia 02/12, a lei municipal que proíbe a realização de rodeios, touradas e eventos similares no município de Nova Friburgo, interior do Rio de Janeiro.
Parabéns ao prefeito em exercício, aos vereadores que aprovaram a lei por unanimidade nas duas votações realizadas na Câmara e aos protetores do município envolvidos, em especial à Coordenadoria de Bem-Estar Animal (COOBEA), órgão da Secretaria do Meio Ambiente bastante atuante na cidade e região, que tem à frente a sra. Carla Freire.
E-mails para contato:
Prefeito: sgabinete@pmnf.rj.gov.br
Coobea:
coobea.nf@gmail.com
Vereadores:
claudiodamiao@camaranf.rj.gov.br
edsonflavio@camaranf.rj.gov.br
isaquedemani@camaranf.rj.gov.br
jorgecarvalho@camaranf.rj.gov.br
lucianofaria@camaranf.rj.gov.br
manoeldopote@camaranf.rj.gov.br
marcelo.verly@camaranf.rj.gov.br
marcosmedeiros@camaranf.rj.gov.br
professorpierre@camaranf.rj.gov.br
reinaldorodrigues@camaranf.rj.gov.br
renatoabiramia@camaranf.rj.gov.br
sergioxavier@camaranf.rj.gov.br


Veja abaixo o teor do lei aprovada:

LEI MUNICIPAL Nº 3.883

A CÂMARA MUNICIPAL DE NOVA FRIBURGO decreta e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei Municipal
PROÍBE A REALIZAÇÃO DE RODEIOS, TOURADAS OU EVENTOS SIMILARES QUE ENVOLVAM MAUS-TRATOS E CRUELDADES CONTRA ANIMAIS NO MUNICÍPIO DE NOVA FRIBURGO
 Art. 1º - Fica proibida, em todo o Município de Nova Friburgo, a realização de rodeios, touradas ou eventos similares que envolvam maus-tratos e crueldades contra animais.
 Art. 2º - Esta Lei Municipal entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Nova Friburgo, 02 de dezembro de 2010.
DERMEVAL BARBOZA MOREIRA NETO
PREFEITO

______________________________, Vereador Sérgio Xavier de Souza - Presidente.
______________________________, Luciano Faria - 1º Vice-Presidente.
______________________________, Manoel Martins - 2º Vice-Presidente.
______________________________, Edson Flávio Coelho - 1º Secretário.
______________________________, Reinaldo Rodrigues - 2º Secretário.
AUTORIA: VEREADOR MANOEL DO POTE – P. 5.987/10

Fonte: Infosentiens (email)

Por Alex Peguinelli 

9 de dezembro de 2010

Pessoas ainda têm medo de praticar o vegetarianismo

 [Atenção - Todas as informações divulgadas sobre a fiscalização de maus tratos dos animais no RODEIO de Assis-SP podem ser vistas clicando __AQUI!  ] 


Falta de informação faz muitos fugirem da alimentação sem carne 

 Então você decidiu tornar-se vegetariano, mas ainda falta dar aquele último passo. Talvez você ainda consuma algum peixe ou ave “só de vez em quando”, ou talvez você ainda coma carnes todos os dias, mas esteja pensando tão seriamente e com tanta convicção sobre o assunto que você já se considera um vegetariano (o que obviamente é um engano).
Pensando nisso, o que falta para você fazer a transição final? O que impede as pessoas de darem o último passo em direção ao vegetarianismo, mesmo aquelas que já entenderam, em todas as esferas, que a dieta vegetariana é a melhor escolha?

Na minha observação, a resposta a esta pergunta reside num único sentimento: o medo. Ele é a grande barreira que impede as pessoas de concretizarem a sua decisão, levando-as a criar desculpas para si mesmas ou a aumentar barreiras que poderiam ser transpostas com alguma atitude positiva. Esse medo pode ser o medo de parecer diferente, de ter que enfrentar os amigos ou familiares, de ficar desnutrido, de ter que abrir mão do paladar, entre outros.

Sobre o medo de parecer diferente, existe inclusive o medo de ter que frequentar lugares para os quais a pessoa criou uma ilusão estereotipada e cujo simples pensamento já a remete a uma sensação de temor do diferente ou desconhecido. Um exemplo disso é imaginar, sem nunca ter frequentado um, que todos os restaurantes vegetarianos são lugares onde temos que deixar os sapatos na porta e recitar mantras em sânscrito antes de comer. O que não é necessariamente ruim, mas também não representa a maioria dos estabelecimentos nesse ramo.

Esse é um medo muito fácil de ser resolvido, geralmente com uma simples experiência. Mas acreditem: há pessoas que têm temor de ter uma primeira experiência em um restaurante vegetariano. Por outro lado, a surpresa e satisfação que elas experimentam são proporcionais, haja vista que, com muito sabor e um ambiente acessível à realidade da maioria das pessoas, os restaurantes vegetarianos em geral cumprem bem o papel de dissipar este mito. A mesma experiência, seja num restaurante vegetariano ou na casa de um amigo, pode ser válida para dissipar o mito de que, para se tornar vegetariana, a pessoa terá que abrir mão do paladar.

Ela causa desnutrição?
O medo de ficar desnutrido é sem dúvida um dos maiores medos que se impõe como uma barreira para a transição final. Na minha experiência no consultório, onde atendo exclusivamente a pacientes que são vegetarianos ou que estão justamente buscando dar esse último passo, eu observo que o que a maioria das pessoas busca é o aval de um profissional especializado que diga a elas: “vá em frente, vai ficar tudo bem”.

Elas já tomaram a decisão, já estão prontas, mas falta-lhes libertarem-se da última ponta de apego ou medo do novo e diferente. É claro que a informação é importantíssima para isso, e é para isso que elas me procuram e de fato levam consigo informações que farão toda a diferença para o sucesso da sua dieta vegetariana.

Mas eu também observo em muitos dos meus pacientes que, além da sensação de segurança que somente a informação pode lhes conferir, há também uma sensação de alívio, algo como “que bom que agora eu posso acreditar naquilo que eu já sabia estar certo o tempo todo”. E de fato, no campo nutricional, com a informação e cuidado corretos, deixamos para trás o aquilo que poderíamos temer, restando apenas aquilo do que desfrutar!

Seja qual for o medo, a chave está na informação e na coragem de experimentar. Atualmente, a informação sobre o tema está amplamente disponível àqueles que a procurarem. Quanto à coragem, no caso específico de dar o último passo em direção ao vegetarianismo, estamos falando de uma ação ou experimento que oferece poucos riscos.

No campo da nutrição, o experimento está certamente destinado a ser bem-sucedido se for aliado à informação. No campo gastronômico, o maior risco que a pessoa corre é o de aprender os nomes de novos alimentos ou ter que pagar por uma refeição que não a agradou.

Já no campo social, esta é uma área mais delicada, pois há o risco de criar conflitos com pessoas queridas ou ambientes críticos. Mas com algum estudo, a pessoa pode estar preparada para saber argumentar de maneira a minimizar os conflitos e assim guiar as discussões para o caminho da resolução ao invés do caminho do enfrentamento improdutivo.

Com tantas pessoas tornando-se vegetarianas, esta área complexa que é a dos relacionamentos humanos já vem sendo bastante explorada e experimentada no que diz respeito ao tema, por pessoas que provavelmente já passaram por situações muito parecidas com a do novo adepto. Fazendo uso dos diversos fóruns eletrônicos e outras formas de troca de experiências e apoio, os erros e acertos de outros podem servir como um rico aprendizado que ajuda a minimizar os conflitos sociais.

Se você é uma dessas pessoas que ainda não se permitiu dar o último passo, procure lembrar-se do que foi que te motivou desde o início. Se o motivo foi pela sua saúde, você só tem a ganhar em fazer a transição o quanto antes. Os medos de carências nutricionais não passam disso mesmo: medos.
As justificativas criadas por você (ainda que inconscientemente) no intuito de te ajudar a manter a boa saúde estão mais provavelmente adiando esta conquista de um grau superior de saúde. As informações, os estudos científicos e as experiências individuais trazem uma mensagem bastante clara: é possível adotar uma dieta vegetariana em qualquer fase da vida, bastando para isso observar alguns cuidados nutricionais que são relativamente fáceis de serem seguidos. Informe-se e vá em frente!

Se o que te motivou foi uma questão ambiental, é desnecessário dizer que nesse campo estamos correndo contra o tempo e qualquer desculpa que possamos inventar para justificar o apego a uma dieta centrada na carne não ajudará a amenizar o impacto exagerado que exercemos sobre o planeta e que atualmente o coloca à beira da destruição.

O que precisamos é de ação, sobretudo de uma revisão daquelas ações que realizamos ao menos três vezes por dia ao sentarmos à mesa. Cada dia que você adia para dar o próximo passo é um dia em que você cometeu ao menos três erros perfeitamente evitáveis que afetam diretamente a saúde do planeta.

Se o motivo que te despertou para o vegetarianismo foi a questão animal, é desnecessário dizer que cada dia que você perpetua a sua racionalização para buscar justificar a sua impossibilidade em parar de comer carne é um dia fatal para os animais. E para esses, assim como para o planeta, as suas desculpas são sem efeito.

Você tem o poder para fazer a mudança que deseja fazer em sua vida e o último passo está logo aí, bem à sua frente. Basta munir-se de informação, despir-se dos medos e caminhar, um grande passo a cada dia. Você não demorará a descobrir que a caminhada não é apenas mais fácil do que você imaginava.
Ela é também repleta de surpresas e ganhos diversos pelos quais você nem esperava, pois se mantinham encobertos pelos medos que você outrora cultivava. Este último passo em direção ao vegetarianismo é, na verdade, apenas um dos primeiros passos dentre os que podem ser considerados essenciais para trilhar o caminho da saúde, da consciência ambiental e do respeito a todas as formas de vida.

Fonte - George Guimarães


Por Nathalia Mota