30 de abril de 2011

Animais sobreviventes no Japão enfrentam vida difícil pós-tsunami

Por Giles Hewitt da AFP  (tradução Vanessa Perez  -  da Redação)
Mais histórias emergem do Japão sobre valentes resgates e o cuidado contínuo dos animais sobreviventes do tsunami. Em uma luta contra as probabilidades, por vezes assustadora, dedicados voluntários fazem a diferença, resgatando animais de estimação perdidos e certificando-se que receberão cuidados médicos, comida e amor esperando que eles  se reunam com seus tutores. Abaixo, a última notícia de Sendai.
Diversos tutores deixaram seus animais para trás quando os alertas de tsunami soaram. Foto: Global Animal
Fome, dor e separados de seus tutores que estão mortos ou em centros de evacuação, centenas de animais estão lutando para sobreviver na costa nordeste do Japão, devastada pelo tsunami.
Entre as equipes de resgate, muitos enviados de todo o mundo à procura de sobreviventes e corpos, após o pior desastre natural do Japão em quase um século, alguns grupos de resgate especializados em animais também estão trabalhando.
Nos dias que seguiram ao tsunami de 11 de março, que dizimou dezenas de prósperas cidades costeiras,as perspectivas pareciam sombrias. “Nas áreas mais atingidas, não vimos qualquer vida animal”, disse Ashley Fruno, da PETA.
“Nós vimos alguma pegadas na lama em um lugar, mas elas não levavam a lugar algum, e nós não conseguimos encontrar animais nas proximidades.”
Lenta mas seguramente, no entanto, animais abandonados começaram a surgir, muitas vezes de casas danificadas, de onde eles tinham conseguido superar a força destrutiva do tsunami.
Muitos tutores deixaram seus cães e gatos, quando o alerta de tsunami tocou, nunca imaginando que a onda seria tão grande e poderosa como ela acabou sendo.
Os animais foram deixados à própria sorte em um ambiente hostil, sem comida ou água doce.
A Japan Earthquake Animal Rescue and Support (JEARS), uma união de grupos de defesa dos animais,formados às pressas, passou as últimas duas semanas procurando o que restou das cidades mais atingidas do litoral.
As equipes, que inclui veterinários voluntários, fornecem comida e tratamento aos animais feridos e tentam encontrar abrigos temporários para os que perderam seus tutores.
Três chihuahuas em um sofá no Green Animal Hospital, que se tornou um abrigo temporário. Foto: Global Animal
Eles também visitam centros de evacuação onde as pessoas que escaparam do tsunami com seus animais, estão tendo problemas para manter-se junto a eles em condições difíceis, no ambiente apertado onde os animais não são sempre bem vindos.
“Houve alguns problemas nos centros, entre os que têm animais de estimação e os que não têm”, disse o veterinário Kazumasu Sasaki.
“Algumas pessoas têm alergias a animais, e eles se queixam de que os cães estão latindo e brigando. É compreensível. ”
Houve casos de pessoas que optaram por permanecer em suas casas em ruínas, porque os abrigos se recusaram a abrigar os animais de estimação, e a coordenadora do JEARS, Isabella Gallaon-Aoki, disse que é difícil persuadir os abrigos de que os animais estariam melhor em um abrigo temporário.
“As pessoas aqui veem os animais como membros da família. Para alguns, depois de tudo que aconteceu, seu animal é a única coisa que lhes restam – a única que lhes traz conforto “, disse ela.
Timo Takazawa, que sobreviveu ao tsunami, juntamente com seu marido, se recusou a abandonar seu cão, Momo, apesar das reclamações de outros refugiados em abrigos lotados na cidade de Sendai.
“Quando nós escapamos do tsunami, não levamos nada, apenas Momo”, disse Takazawa, 65.
“Eu não posso imaginar não estar aqui todos juntos. Se alguém me disser que eu não poderia manter Momo aqui, nós sairíamos com ela, iríamos para outro lugar. ”
Os animais têm destaque em uma série de histórias de sobrevivência incomuns em tsunamis, um dos mais notáveis foi um golfinho resgatado de um campo de arroz depois de ter sido arrastado por dois quilômetros (1,2 milhas) para dentro.
Em seguida, houve o caso da ilha de Tashirojima na Província de Miyagi, conhecida localmente como “Ilha do Gato”, pela sua população de felinos que ultrapassa largamente os 100, ou assim, os residentes humanos.
A pequena ilha foi engolida por um tsunami -, mas uma equipe de resgate que voou de helicóptero informou que ambos os gatos, como as pessoas,  saíram ilesas.
Em Sendai, o Sr. Kamata tentou retornar para buscar seu cão – um grande Akita grande – após advertência dos vizinhos sobre a onda que viria, mas encontrou seu caminho bloqueado pelas águas revoltas.
“Eu pensei que não haveria como ele ter sobrevivido. Foi muito triste “, disse Kamata.
Mas, mais tarde naquela noite, como ele estava abrigado em um centro para refugiados com centenas de outros moradores, Kamata ouviu falar que um cão tinha sido encontrado.
“Era ele. Ele tinha nadado e me encontrou. Ele havia ingerido uma grande quantidade de água do mar e não parava de vomitar e eu pensei que ia perdê-lo de qualquer maneira, mas ele superou completamente, “disse Kamata.
Apesar das reconfortantes histórias de sobrevivência, a PETA disse que grupos do bem-estar animal estarão ocupados em áreas atingidas pelo tsunami por algum tempo ainda
“A recuperação deste desastre vai demorar meses, se não anos”, disse ela.
“As pessoas nas áreas mais afetadas continuarão precisando de alimentos para animais e material veterinário, assim como os abrigos de animais, que também irão precisar manter os animais abrigados até que seus tutores desabrigados sejam capazes de encontrar um lugar para viver.”
Diante de todo este pesadelo, uma cúpula no Japão, se concentrará em ajudar animais, desenvolvendo procedimentos e protocolos para monitorar, evacuar e tratar os animais contaminados pela radiação.
A IFAW (International Fund for Animal Welfare) irá presidir a cúpula em Maio 2-3. Os tópicos incluem a exposição à radiação, fisiologia animal, comportamento animal, resgate de animais e técnicas de evacuação, a descontaminação animal, abrigo e criação de animais, habitat de vida selvagem e de reabilitação e a segurança humana.
A cúpula é em resposta ao terremoto e tsunami subsequente que atingiu o Japão em 11 de Março, causando danos ao Fukushima Daiichi Nuclear Power Plant. Depois de a radiação ter sido detectada fora da fábrica, o governo do Japão declarou uma evacuação obrigatória dos residentes dentro desta área.
Um grande número de animais, incluindo gado, cavalos e animais de companhia, foram deixados para trás, disse Dick Green, gerente de desastres da IFAW.
A IFAW realizou uma pesquisa feita nos Estados Unidos, que mostrou que mais de 30 por cento dos evacuados tentariam entrar novamente na zona de desastre para salvar seu animal de estimação.
“Ao retirar os animais, que podem ser facilmente descontaminados, da zona de evacuação e entregando aos seus tutores, haverá uma redução significativa no número de pessoas tentando voltar para a zona de perigo, colocando suas próprias vidas em risco”, Green afirmou
Embora as recomendações estejam sendo desenvolvidas, um plano de alívio imediato dos animais tem sido solicitado às autoridades japonesas, de acordo com a IFAW. Isso inclui a criação de estações de alimentação nas zonas de evacuação, oferecendo treinamento às equipes de veterinários sobre descontaminação, preparo e posicionamento de equipamento de transporte em áreas estratégicas e preparo de abrigos para animais evacuados.
A comissão da cúpula inclui representantes do Japanese Ministry of Environment , United States Department of Agriculture: APHIS Animal Care and Wildlife Services, United States Army Corps Veterinary, veterinários e profissionais de toxicologia, acadêmicos e a IFAW.

Por Henrique Cruz.

29 de abril de 2011

O CICLO DAS SACOLINHAS



Fonte: http://www.redebomdia.com.br/Noticias/Dia-a-dia/52389/Lei+municipal+vai+proibir+a+utilizacao+de+sacos+plasticos+na+cidade
Postado por: Marcio R Pereira

28 de abril de 2011

IBOPE: 17,5 milhões de brasileiros são vegetarianos




Segundo pesquisa do IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), 9% da população brasileira é vegetariana. A pesquisa foi realizada entre agosto de 2009 e julho de 2010 com 18.884 pessoas, comparando os hábitos de consumo de homens e mulheres. A pesquisa chega para comprovar o que os vegetarianos já sentem em seu dia a dia: o vegetarianismo vem crescendo muito no Brasil.


por Willian Santos

26 de abril de 2011

Farra sem boi em SC: uma realidade possível?


Com forte presença da elite da Polícia Militar, os poucos animais que apareceram foram logo resgatados. Este ano, os responsáveis pela farra do boi, no principal reduto da prática ilegal em Santa Catarina deram nome ao grupo fomentador da festa, a Nação Gancheira.
E o boi na farra? Segundo informações do Diário Catarinense, pela primeira vez em décadas, a polícia conseguiu sufocar a prática em Governador Celso Ramos. A madrugada de sexta-feira, o dia “D” para os farristas, passou em branco em Ganchos. De hora em hora, circulava a informação de que ocorreria uma soltura. “Cadê o boi?” ouvia-se em cada grupo reunido. “A polícia está em cima”, alguém respondia.
Para coibir a farra, o comando geral da PM enviou a força máxima da segurança ostensiva de Santa Catarina, o Batalhão de Operação Especiais (Bope) e a Tropa de Choque. Sob vaias e ouvindo berros vociferando “porcos”, os comboios da PM cruzavam bairros da cidade para intimidar os farristas, mas nenhuma viatura ficou nos locais movimentados para manter a ordem.
Por Janaína Camoleze

24 de abril de 2011

Veganismo é uma filosofia utópica?

Por Fábio Chaves

O veganismo é a filosofia de vida que busca não causar sofrimentos a animais, humanos ou não. É claro que em algum momento um vegano vai se envolver, mesmo que indiretamente, em alguma atividade que envolva sofrimento de animais. O fato de colaborar (de forma indireta) para algum sofrimento animal não justifica desistir e começar a causar sofrimento diretamente e conscientemente.
Quando um cidadão de bem decide não jogar lixo na rua, ele sabe que não vai acabar com todo o problema do lixo do mundo, mas nem por isso ele pensa “ah, então vou jogar e dane-se“. Se uma pessoa acha que tudo bem jogar o lixo no chão se o chão já estiver sujo chama-se “alienada” e só age de acordo com a massa, não tem valores próprios.

Quando uma pessoa decide ser vegana, ela sabe que sozinha ela não vai conseguir acabar com a dor e o sofrimento dos animais, mas nem por isso vai fazer parte dos números monstruosos da indústria que explora animais. Mesmo com certa dificuldade de encontrar alimentação livre de produtos de origem animal, mesmo com tanta gente falando que é utopia, a pessoa que é vegana por respeito aos animais persiste.
Uns afirmam:
 
“Um vegano jamais vai conseguir se ver livre da exploração de animais em todos os aspectos de sua vida”.

De fato, até no pneu do ônibus onde um vegano viaja pode haver restos de animais. Algumas empresas usam um tipo de gordura na fabricação de pneus. Mas o veganismo consiste justamente em tentar mudar essa realidade, apresentando novas tecnologias e incentivando as empresas a adotarem práticas que não envolvam o sofrimento de animais (humanos ou não). Um exemplo: é perfeitamente viável para uma empresa que utiliza o corante cochonilha (saiba o que é) substituí-lo por outro, de origem vegetal. E sabe porque ela não faz isso? Porque ainda não recebeu um número considerável de reclamações. É muito mais barato usar cochonilha porque a matéria-prima, no caso os pulgões, se multiplica naturalmente. Se niguém reclama, tá dando certo e é barato, pra que mexer?

Quando uma pessoa vegana entra em contato com a empresa para dizer que não vai consumir mais tal produto porque ele contém um ingrediente de origem animal, isso gera um pequeno alerta. Quando mais pessoas fazem o mesmo, a empresa para e se pergunta se aquele ingrediente é mesmo indispensável e insubstituível. É aí que o veganismo e seu boicote começam a fazer mais sentido.
Afim de conseguir aquilo que a filosofia vegana propõe, os adeptos do veganismo boicotam empresas que exploram animais. E isso vai muito além da alimentação. É uma nova postura de vida e é uma coisa séria e gratificante.

Outros dizem:
 
“Sou ovo-lacto vegeatriano e nunca vou me tornar vegano, pois nunca vou conseguir não me envolver com o sofrimento dos animais”

Na cabeça da maioria dos ovo-lacto vegetarianos que dizem isso nunca passou a possibilidade de voltar a comer carne, então por que continuar colaborando para o sofrimento dos animais sabendo que a indústria do leite e dos ovos é tão ou até mais cruel que a indústria da carne? Se uma pessoa é ovo-lacto vegetariana pelos animais deveria seriamente considerar se tornar vegana, mesmo que aos poucos. Se for feito com base no respeito aos animais, não é uma tarefa difícil.

É aquela história do lixo no chão: mesmo que o chão esteja sujo, não jogue mais.

Fonte

Por Alex Peguinelli

23 de abril de 2011

O que você precisa saber sobre:

“Mas tem o mesmo gosto?”: Não! Não tem o mesmo gosto, não é a mesma coisa. Não espere da pts o gosto de carne, pts não é carne e o gosto dela dependerá totalmente de como será temperada. Não espere do tofu, um queijo feito a base de soja, algum gosto semelhante a um queijo feito a base do coalho (na maioria das vezes este coalho é uma enzima retirada do estômago de boi, bezerros ou porcos). Leite condensado de soja, creme de soja, doce de leite de soja, leite de soja, iogurte de soja, todos estes seguem o mesmo exemplo e não carregam o azedo dos derivados do leite (já experimentou cheirar o leite da caixinha?), e sim tem o gosto de... soja! Hábito é a palavra chave, assim como um dia (pergunte para sua mãe) você deve ter rejeitado carne de animais, leite de vaca, cebola ou alho, depois de algum tempo, 15, 20, 30 anos, você se habituou e ainda aprendeu a gostar. Tenha calma com as novas opções, o que é novo nos estranha (e muitas vezes nos surpreende), nem sempre o amor é a primeira vista, ou ao primeiro experimentar... aprenda a gostar!
“Pode conter/ contem traços de”: Há muitos casos em que você lê esta informação na embalagem. Segundo os SACs das empresas funciona assim: determinado alimento que não tem em sua composição nenhum ingrediente de origem animal (ex. chocolate meio amargo da Garoto), é processado na mesma fábrica em que outro produto (chocolate ao leite) que contém. A partir daí, até mesmo pelo ar, partículas podem levar traços de algum produto até outro. Não que o uso de leite, soja ou qualquer outra coisa faça parte da composição, mas, podem ser encontrados (ou não) partículas dos mesmos por serem processados em um mesmo ambiente. É como se você fizesse em uma boca do fogão seu tofu, e sua mãe um molho de tomate em outra boca, o vapor pode (ou não) levar algo de uma panela até outra. Esta informação é dada com grande importância somente para assegurar que nenhum alérgico coma algo que não pode; como sabemos, em caso de alérgicos, por menor que possa ser a ingestão de algo,  pode ser danoso.  
  
Tofu (queijo de soja): Escutei por aí algum vegano dizendo que há um tempo atrás não poderia ouvir tofu e comer na mesma frase. Muitos tem essa decepção com o tofu justamente por esperarem cortar uma fatia dele e uma de goiabada e achar que tudo será como antes. Calma! A não ser que você tenha um paladar sem preconceitos, não aconselho que seu primeiro contato com o tofu seja tão cru. Eu não gosto do tofu cru e não gostei um dia do mesmo patê de tofu que hoje não fico sem. Eu, já fiz tofu e não gostei e já comi variações INESQUECÍVEIS (que tal o Tofupiry do Lar Vegetariano?). Eu diria que o tofu (a começar pelo aquário no qual ele exige para morar) é meio mimado. Dependendo do seu (meu e do tofu) humor, dependendo das combinações de tempero, dependendo de como foi feito, ele pode ser infeliz ou extremamente feliz. O importante é não julgar o tofu pela cara.
Pts (Proteína texturizada de soja, “carne de soja”): Primeiro, soja não tem carne, logo, prefiro tratá-la por “pts” (diferente do leite de soja, Dic. Leite, s. m. ... suco branco de alguns vegeitas;). “Experimentei e não gostei”. Normal, um dia acho que todos já experimentamos o café da vó Cristina e preferimos o da vó Nair, tudo depende do preparo. Se sua tia Creuza, na corrida noite de natal, te der as opções de que ela te prepare uma pts (jogar na panela pts, água quente, alho e cebola) ou uma salada vinagrete, provavelmente você deva escolher pela tradicional salada. A pts, prima do tofu, também é um pouco mimada: por exemplo, ela odeia ficar com água em seu corpo, por isso, retire bem a água que a hidrata antes de começar a preparar, ninguém gosta de comer esponja, correto? E sabendo disto, a pts fica muito bem com seu temperamento forte, hun, hun, entendeu?
Corante natural Cochonilha, Carmim: Já comeu alguma bolacha com recheio de morango? Nikito? Bono? Iogurte? Então você já comeu insetos! O ácido carmínico é o principal componente da cochonilha, responsável pela coloração vermelha escarlate do corante. Vários insetos são secos, amassados e fervidos para a produção do corante que se encontra principalmente em alimentos de cor vermelho/rosa. E ainda tem onívoro que tem a coragem de se referir a prazerosa alimentação rotineira dele me dizendo: “Você não sabe oque está perdendo”, aí eu falo “E você não sabe o que está comendo”.

 
Outro nomes: Vermelho 4″; “Vermelho 3″; “Carmim”; “Cochineal”; “Corante natural carmim de Cochonilha”;”Corante C.I”; “Corante ou Colorizante E120″, Cochonilha”, “Ácido Carmínico” (Carmine. Cochineal. Carminic Acid.) ou E-120, “C.I. 75470″; para os químicos como  “C14H7NaO7S”.


Cerealistas: Nas lojas cerealistas você encontra castanhas, amendoins, cereais, feijões, bolachas, pts, temperos, etc. Essas lojas vendem produtos a granel, ou seja, você pode comprar a quantidade que desejar, por isto é um mundo a se experimentar, não há problema em comprar poucas gramas de qualquer coisa. Além de variedade, os preços são bem mais acessíveis, a pts, por ex.,quando comparada ao preço do mercado chega a custar 4 vezes mais barato. Além disso você encontra produtos mais frescos.
Bacon vegano: Pães “de leite”, bolachas de “leite ou de manteiga”, lámens de bacon, galinha, etc. Como duvidar de uma embalagem com escritos gigantes “bolacha de leite”? Muitos são os alimentos que encontramos nas prateleiras dos mercados e que não são o que dizem. Em um mundo publicitário onde o frango da Sadia insiste para que comamos seus irmãos e onde são explorados até os sorrisos das vacas, o que podemos esperar de realidade? Por isto leia sempre os ingredientes, muitos produtos veganos estão escondidos no mercado.








“Margarina” vegetal: Há opções de margarina sem leite, é o chamado creme vegetal, como a Soya. É ótimA para o preparo de bolos e outros. Mas não se esqueça: geleias e patês são muito nutritivos e gostosos para se comer com pão também.

Por Henrique Cruz.

20 de abril de 2011

V.I.D.A. no Jornal Hoje da Rede Globo

O Jornal Hoje, da Rede Globo, exibiu trechos do vídeo do V.I.D.A. nos rodeios de Assis e Tarumã. Estamos felizes em saber que o assunto está sendo divulgado cada vez mais.

A matéria e o vídeo podem ser conferidos aqui

Ajude você também a divulgar essa causa pelos animais e não deixe de assinar a petição que pede a proibição do rodeio na cidade de Assis-SP:
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6556

Por Alex Peguinelli

19 de abril de 2011

Primatas selvagens são capturados e vendidos para pesquisas na Europa

A Maurícia é uma pequena ilha-nação da costa da África e está ficando conhecida por algo além de suas praias azuis e pontos turísticos: o comércio de macacos selvagens para venda a laboratórios. Segundo informações da Animals Change, a União Britânica pela Abolição da Vivissecção (British Union for the Abolition of Vivisection) publicou uma investigação relatando o sofrimento dos animais desde a captura até as grades e bisturis dos laboratórios.

Localizada a 560 milhas a leste de Madagascar, a Maurícia é o segundo maior fornecedor de macacos-de-cauda-longa do mundo, por serem animais abundantes na região. Como não são nativos, são perseguidos abertamente. A CiTES listou os macacos-de-cauda-longa sob o Apendix II, que alerta que apesar da espécie não estar ameaçada de extinção no momento, se o comércio continuar, ela logo estará.
Macacos capturados da natureza são vendidos diretamente para outros países, ou, o mais comum, são mantidos em fazendas de criação para produzir filhotes, que então serão vendidos aos outros países, incluindo EUA, Europa e Israel. Os números chegam a 10.000 macacos por ano.
Para nações como o Reino Unido, é ilegal vender primatas adultos capturados na selva. Entretanto, seus filhotes não. As fazendas de criação usam armadilhas com iscas vivas para capturar os macacos das florestas. Os captores frequentemente pegam os animais pelo rabo – pela praticidade e “segurança” (os dentes do macaco não estão na cauda) – e os balançam sem piedade até amontoá-los em suas gaiolas apertadas.
A Maurícia exporta os primatas como carga em aviões de passageiro, como o Air Canadá e o Air France. Novamente, os macacos são amontados em caixas de transporte por horas antes de chegarem ao destino nos laboratórios. Essa indústria cruel se destoa nesse “oásis de paz e tranquilidade” que o turismo da ilha vem divulgando.
Por Janaína Camoleze

18 de abril de 2011

Dieta vegetariana ainda é alvo de preconceito, diz cardiologista

IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO

O cardiologista peruano Julio César Acosta Navarro convive com dois mundos diferentes. Um é o da medicina intervencionista --ele é médico do setor de Emergências Clínicas do InCor (Instituto do Coração), do Hospital das Clínicas de São Paulo.
O outro, objeto de suas pesquisas, envolve o estudo dos efeitos de longo prazo da dieta vegetariana, ainda pouco compreendida pela ciência ocidental.
Cardiologista Julio César Acosta Navarro fala do preconceito no meio acadêmico em relação a dieta vegetariana.
Em entrevista à Folha, Navarro, que acaba de lançar o livro "Vegetarianismo e Ciência" (Ed. Alaúde), fala do preconceito no meio acadêmico em relação a essa dieta e aponta benefícios e dificuldades encontrados por quem quer praticá-la.

Folha - O fato de você ser vegetariano interfere na forma com que as pessoas veem o seu trabalho?
Julio César Acosta Navarro - Se um cientista diz que é vegetariano, acham que seu trabalho está orientado por interesses além dos científicos. A questão é polêmica, e o tema não é facilmente aceito na academia. Senti isso na pele quando tentei defender minha tese de doutorado, sobre benefícios da dieta vegetariana, pela primeira vez. Eu tinha um trabalho que já havia sido aceito para publicação e apresentado em congressos, mas não foi aceito. Tive que desenhar um segundo estudo e só pude defender a tese dois anos depois.

Você sempre seguiu esse tipo de dieta?
Como a maioria, cresci em uma família em que a carne era o alimento favorito, acreditando que, além de gostosa, era necessária. Aos 15 anos, a partir de leituras de filosofias orientais, me convenci de que ser vegetariano era uma mudança para melhor. Nessa idade, não parei de comer carne --comia o que minha mãe me servia--, mas, aos 20, adotei o vegetarianismo. Como já estava na universidade, decidi investigar a questão do ponto de vista médico. Era o início dos anos 80, o vegetarianismo era associado a religião e radicalismo. Hoje, é uma questão da ciência, da ecologia.

Publicações científicas atuais começam a usar o termo "semivegetarianos". Isso existe?
É um termo novo, mas é um grupo real. É encontrado em populações que comem pouca carne por falta de acesso, por ser cara, e em grupos simpatizantes do vegetarianismo que não conseguem abolir a carne do cardápio. A definição técnica é o consumo de no máximo uma porção de carne por semana.

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/853473-dieta-vegetariana-ainda-e-alvo-de-preconceito-diz-cardiologista.shtml
Postado: Marcio R. Pereira

17 de abril de 2011

A moda sangrenta da arezzo: pêlos de raposa, coelho, lã e cashemere


Não bastasse a quantidade enorme de couro em suas peças, a Arezzo lançou uma echarpe de pelo de raposas que ela está vendendo por R$1.549,00. 
E não é só raposa que está sendo assassinada pelo produto. A marca também lançou produtos confeccionados com peles e pêlos de coelho, lã de ovelha e cashemere, um material originado nos caprinos.

(Foto de: Alessandra Siedschlag)

Enquanto muitas empresas tem convergido para o caminho da sustentabilidade e compaixão, a Arezzo dá um passo atrás com a introdução deste produto cruel e anacrônico.
Os animais assassinados por sua pele são animais livres capturados em armadilhas cujos mecanismos são reminiscentes de equipamento de tortura medieval. Muitos morrem de infecções ou comem seus próprios membros em uma tentativa desesperada de escapar.
Empresas que vendem peles de animais não merecem um centavo do consumidor ético.
Fonte

Por Nathália Mota

Eutanásia

Derivada do grego euthanasia, temos a palavra portuguesa eutanásia, que significa a boa morte, a morte sem dor e sofrimento, concedida a um ser senciente, humano ou não humano, para que seja minimizada a agonia da passagem final.

Na ética, considera-se eutanásia somente a morte concedida a pedido do paciente humano, ou infligida a ele para evitar que o processo se prorrogue quando não há perspectiva alguma de alívio ou cura. O gesto de impedir o sofrimento cortando a possibilidade de sua existência é uma atitude radical. Por isso, a questão da eutanásia, na filosofia, no direito e na medicina tem ocupado muitos pensadores. Todas as decisões práticas na ética implicam desconforto para quem as toma. Por exemplo: se um paciente em estado terminal e sofrendo dores horríveis, para as quais já não há medicamento disponível, pede ao seu médico que lhe dê uma injeção para pôr fim àquela agonia, o médico tem apenas duas alternativas, quais sejam, atender ao pedido, ou negar o pedido. Para atender ao pedido precisa ter argumentos morais sólidos que sustentem a hipótese de que o valor da vida é concebido por quem a vive, e, se para quem a vive já não há perspectiva de valor algum em permanecer em vida, então esse valor não existe.

Se, no entanto, o médico negar o pedido ao paciente, então ele está afirmando com sua decisão que não é o paciente quem tem a autoridade para julgar se a própria vida tem valor ou não, e sim ele, o profissional da saúde. Nesse caso, mesmo não tendo recurso algum para devolver a vida ao paciente, o médico nega o pedido de eutanásia. Com isso, prorroga o sofrimento, causando uma morte ruim, em agonia e dor. Aqui passamos então do “direito à vida” à “obrigação de viver”. Via de regra não se discute de onde vem a autoridade médica para obrigar alguém a continuar em vida à revelia da vontade do próprio vivente.

Decidir que a vida tem valor apenas por representar a esperança de viver minimamente bem num tempo futuro, ou decidir que a vida tem valor mesmo que nenhum bem seja prometido para o presente e o futuro, são decisões éticas com fundamentos morais antagônicos. Pode-se seguir a moral vigente e já se ter a resposta pronta: toda vida tem valor e nenhuma vida pode ser tirada, nem mesmo para atender a interesses relevantes, por exemplo, o de não morrer em estado de tortura causado por dores insuportáveis ou por atrelamento de aparelhos por todo o corpo para que as funções vitais dos órgãos sejam mantidas artificialmente. Pode-se escolher a outra perspectiva e assumir que a vida só tem valor e é digna de ser vivida se houver minimamente uma esperança de que vivendo se possa ainda realizar alguma coisa, enfim, expressar-se na condição humana.

Tomar uma, ou outra, dessas duas perspectivas para orientar-se e esclarecer aos familiares e amigos o que considera que deva ser feito no caso de vir a sofrer uma prorrogação da agonia da morte [distanásia, ou kakothanásia] não é decisão simples. Ela causa medo, ansiedade, dúvida, tensão. Afinal, estamos lidando com o assunto mais importante da nossa vida: a morte. Ela dá cabo de tudo o que desejamos. Ela encerra nossa forma atual de expressão no mundo. Ela representa o desfecho de nossa trajetória.

Assim, pensar e falar sobre a eutanásia tem sentido e requer pensar sobre a kakotanásia, a morte ruim, prorrogada, o sofrimento sem perspectiva de alívio. Via de regra, na perspectiva ética prática, só deveríamos tomar uma decisão desse quilate em relação à própria morte. Mas as circunstâncias nos põem diante de situações nas quais somos obrigados a refletir sobre a perspectiva da morte ruim que ameaça outro ser humano ou um animal pelo qual somos responsáveis.

Se já é complicado pensar na própria morte, e se mete medo pensar na privação do direito de morrer quando a agonia for estendida por dias ou semanas por conta de medicamentos e aparelhos que forçam o organismo a continuar suas tarefas quando, por ordem da natureza ele já teria encerrado suas funções vitais, mais complicado ainda é pensar em conceder a morte a outro humano que não está em condições de tomar uma decisão dessa ordem, por exemplo, o próprio filho recém-nascido, ou a um animal não humano que se encontra sob nossos cuidados. Nesse caso, sua vida tem para nós o mesmo valor que tem a vida de outro membro de nossa família. Temos, pois, a mesma experiência de dor que costumamos ter quando visitamos nossos entes queridos nas UTI’s sem poder fazer nada para aliviar seu sofrimento e encerrar sua agonia.

Costumamos pensar que amar é querer que o outro viva, e conceder a morte a esse outro, amado, seria falta de amor. Mas, no caso do sofrimento final sem perspectiva de alívio, devemos pensar que, se de fato amamos, o que mais queremos é que essa agonia seja aliviada. Nos casos em que isso não é possível, então precisamos pensar seriamente sobre a questão do valor da vida para aquele que a vive. Nesse caso, é preciso que não entrem nossos interesses na jogada, mesmo que sejam apenas de natureza afetiva. É preciso perguntar se nosso apego a um humano ou animal é mais importante do que o sofrimento e agonia pela qual esse passa.

Uma forma costumeira de lidar com essa questão é pensar: o que eu gostaria que fizessem comigo nesse caso?

Mas, para mantermos a coerência, é preciso lembrar que decisões éticas visam resultar em benefício para aqueles que são afetados por elas, não para quem as toma. Por isso, considerar a hipótese de que a vida tenha perdido qualquer possibilidade de representar algo bom para aquele que a vive é condição para que se possa refletir sobre a possibilidade de provar finalmente nosso amor por esse ente querido, concedendo-lhe autorização para partir. Isso implica estarmos maduros para nos desapegarmos de sua presença no mundo material.

Muitos animais são mantidos vivos porque as pessoas que cuidam deles se apegam tanto a eles que não admitem a realidade de perdê-los para sempre. Mas, também é preciso que seja dito, muitos animais são eliminados da vida porque os que cuidam deles não têm disposição para cuidar de seus males, e pagar por uma intervenção veterinária é a forma mais rápida de se livrar do desconforto de ter de cuidar de um paciente em estado terminal.

Quando ouvimos a proposta de eutanásia para os animais que vivem em nossa companhia, precisamos saber separar os argumentos de ordem material, dos argumentos de ordem ética. Só pode ser ética a morte infligida a um ser senciente, caso a somatória de suas dores e agonia ultrapasse de longe a de seu estar bem em vida, considerando-se o presente e o futuro. Uma dor ou agonia transitórias jamais devem justificar a eutanásia, muito menos quando a dor ou agonia transitória do animal vem a calhar com o desejo de seu cuidador de livrar-se dos encargos inerentes ao cuidado. A morte só é boa se for concedida sem dor e para aliviar uma dor que já não pode mais ser medicada. O único interesse a ser pesado é o do animal, não o do cuidador.

Texto de Sônia Felipe

Fonte 

Por Alex Peguinelli 

14 de abril de 2011

Peão morre pisoteado por touro no interior de SP

Um peão morreu após um acidente durante o rodeio da Festa do Peão de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, na madrugada desta quinta-feira (14). Gustavo Daniel Pedro, de 21 anos, caiu do touro e foi pisoteado na noite de quarta (13). Segundo o amigo e também peão, Wellinton Dallis, ele foi levado para a Santa Casa de Bragança, mas não resistiu. Dallis, que também participou do rodeio, diz que a vítima usava todos os equipamentos de segurança necessários.

O corpo deve ser levado do Instituto Médico-Legal (IML) de Bragança Paulista para ser velado e sepultado no Velório Municipal de Estiva Gerbi, cidade natal do peão.
Gustavo Daniel Pedro era solteiro e não tinha filhos.

Segundo a assessoria da prefeitura, o peão era experiente e havia tomado todas as medidas de segurança. A administraççao municipal diz que uma homenagem deve ser prestada a ele na abertura da festa na noite desta quinta. O evento termina no domingo (17).
 
Outros acidentes

Em 2001, em Jaguariúna, o peão Neiliovan Tomazeli foi derrubado e atingido pelo touro. Ele foi arremessado pelo animal a uma altura de quatro metros, caiu de cabeça e quebrou a vértebra. Em 2003, na região de Ribeirão Preto, Magno Henrique Serrão, de 23 anos, morreu depois de cair do lombo de um touro e ser pisoteado pelo animal. Ele foi atingido no peito e na cabeça.

O caso mais recente foi em maio de 2010, quando o peão Agenor Carlos dos Santos, de 35 anos, morreu após ser derrubado por um touro e pisoteado em Hortolândia.Socorrido e levado para o Hospital Mário Covas, morreu devido à gravidade dos ferimentos.

Fonte

12 de abril de 2011

Chile cria lei para proteger tubarões da indústria de barbatanas

Por Soraya Machado  (da Redação- Chile)
Essa iniciativa visa terminar com o finning, que consiste em cortar as barbatanas dos tubarões e jogar a carcaça no mar.
No Chile existem  53 tipos de tubarões, os mais comuns são o Azulejo (Prionace glauca) o Anequim (Isurus oxyrinchus), Tubarão Sardinha (Lamma nasus), o Tubarão de Galápagos (Carcharhinus galapagensis), o Tubarão Martelo (Sphyrna zygaena), o Tubarão Raposa (Alopias vulpinus), o Tubarão de chifres, o Malhado, entre outros.
“O Chile tem uma riqueza significativa em ecossistemas marinhos por isso é muito fácil para os tubarões encontrar comida aqui”, disse Maximiliano Bello, coordenador latino-americano da organização Pew Environment Group.
De acordo com o jornal La Tercera o motivo dessa prática brutal é a comercialização das barbatanas que vão principalmente para a Ásia. Segundo informado pelo Serviço Nacional das Alfândegas, entre 2006 e 2009 o Chile exportou mais de 71 toneladas de barbatanas de tubarão de oito espécies diferentes, para centenas de restaurantes na China, Taiwan, Tailândia, Malásia, Vietnã, Hong Kong e outros países que se especializam neste prato, considerado um luxo que sao servidos em casamentos e banquetes. A sopa de barbatana de tubarão custa entre 100 e 200 dólares nos mercados asiáticos.
Mas isso está prestes a chegar a um fim.
Lei abre concessões perigosas
No Senado se discute uma legislação que estabelece normas para a conservação da biodiversidade dos tubarões, mas ainda permitirá o uso dito “sustentável” das espécies no longo prazo tão nocivo e cruel quanto o uso “normal”.
A lei se move rapidamente. O senador Antonio Horvath, presidente da Comissão das Pescas, comentou que essa lei poderá vir à luz antes de 21 de maio de 2011.
Segundo especialistas, em muitas partes do mundo essas práticas levam a um desequilíbrio entre as espécies, especialmente na Ásia, onde já existem espécies desaparecendo. “Isso também cria problemas para os seres humanos porque alteraram os ecossistemas onde ele vive”, conclui.

Por Janaína Camoleze

11 de abril de 2011

Em 2050, mais de 1 bilhão terão problemas com água

Em 2050, mais de 1 bilhão terão problemas com água


2012 que nada: 2050 é o ano que promete ser marcante. Mas, infelizmente, não é de uma forma positiva. De acordo com artigo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), mais de 1 bilhão de pessoas ficarão sem água. O motivo é um velho conhecido dos noticiários: o aquecimento global.
Os números realmente são alarmantes. Preste atenção: 990 milhões de moradores de cidades viverão com menos de 100 litros diários de água cada um. E não para por aqui: 100 milhões de pessoas não terão água para beber, cozinhar, limpar, tomar banho e ir ao banheiro.
“Não tomem os números como um destino. São o sinal de um desafio”, comentou Rob McDonald, do grupo privado ambiental The Nature Conservancy.
Hoje em dia, 150 milhões de humanos vivem com menos de 100 litros do líquido, o mínimo indicado por especialistas. Um americano médio gasta 376 litros. Entre as cidades mais afetadas estão seis da Índia: Bombaim, Delhi, Kolkata, Bangalore, Chennai e Hyderabad. África ocidental, Manila, Pequim, Lahore e Teerã também terão problemas.
Quer continuar fora da estatística? A seguir, um pequeno guia de como economizar água e dar um passo gigante contra o problema já anunciado.
1) Seu banho não precisa ser rápido, você só precisa desligar o chuveiro enquanto se ensaboa e passa o xampu;
2) Deixe um balde embaixo do chuveiro enquanto a água não esquenta. Use para lavar roupa e regar plantas;
3) Coloque a mangueira da máquina de lavar dentro de um balde e use a água de enxague para lavar o quintal, por exemplo;
4) Para economizar descarga, faça xixi no banho;
5) Nada de lavar a calçada; só basta uma boa varrida;
6) A água usada para lavar folhas, como alface, pode ser reutilizada;
7) Não esvazie a piscina. Hoje em dia, há tratamentos químicos eficientes e que purificam muito bem a água.

E não esquece de fazer o básico, como desligar a torneira enquanto escova os dentes e lava a louça.



Postado: Marcio R Pereira




10 de abril de 2011

Por que Veganismo?

“Quem cala sobre teu corpo, consente na tua morte (...). Quem grita, vive contigo”
Ronaldo Bastos

De tudo o que foi mencionado na postagem anterior resta então a pergunta: o que fazer? Como ser de fato um abolicionista?

Há muito o que se pode fazer pelos animais. Mas o mais básico de tudo, antes de se fazer manifestações, passeatas, panfletagens, pressionar por leis, é se tornar VEGANO.

Veganismo, como defini anteriormente, é o boicote a todo e qualquer subproduto da exploração animal, não só a carne – inclusive a de peixe, que muitos “vegetarianos” admitem –, mas leite, ovos, mel, seda, couro e peles em geral, além de produtos testados em animais. Teremos oportunidade de debater mais detidamente cada um desses itens. Por ora quero dizer por que devemos ser veganos.

POR UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA. Me esforcei em demonstrar as injustiças que praticamos contra os animais todos os dias, quando nos permitimos usá-los como a objetos inanimados, sem sensibilidade ou sentimentos. Na pecuária, seja extensiva ou intensiva, industrial ou tradicional, os animais são explorados e mortos, descartados quando considerados inúteis, não há consideração pelos seus interesses. Nos laboratórios os animais passam por sevícias ininterruptas, sendo cegados, queimados, isolados, envenenados, mutilados, manipulados, e justifica-se isso em nome da ciência e do bem-estar da humanidade. Mas que bem-estar é esse que vem às custas de sofrimento?

POR UMA QUESTÃO DE NECESSIDADE. Sendo a exploração animal desnecessária, aboli-la la torna-se, conseqüentemente, uma necessidade. Uma necessidade, inclusive, para o desenvolvimento pleno da humanidade e suas potencialidades. Aprendermos a preservar a natureza e a vida animal não é uma questão sentimental. É uma questão de justiça, como afirmei antes. E também uma necessidade prática: nossas ações predatórias comprometem a nossa existência, e a existência de muitas espécies de animais e plantas. A pecuária é nociva para o meio-ambiente: para criarmos pastos, destruímos florestas, comprometemos a existência de fauna e flora selvagem. Os rebanhos emitem gases do efeito estufa, seus dejetos poluem rios e solo. Não há como alimentar 6 bilhões de seres humanos à base de alimentos de origem animal.

POR UMA QUESTÃO DE CONSCIÊNCIA. É sintomático perceber que o ser humano, que se julga sábio, sensível, sublime, trata os animais com tamanho descaso, desrespeito, desprezo. Será que podemos mesmo aspirar justiça, liberdade, paz, enquanto somos tiranos para aqueles sobre os quais podemos exercer nosso poder? Que tipo justiça existe apenas quando somos impelidos pela lei nos códigos ou livros sagrados a agir moralmente apenas para não sermos punidos ou, em contrapartida, recebermos graças? Só poderemos viver numa sociedade livre e justa quando justiça e liberdade forem valores em si para o ser humano, e não meras moedas de troca, meios para atingir a fins egoístas, sejam esses fins materiais ou transcendentais. Esse ponto foi muito bem ressaltado pelo escritor Milan Kundera em A Insustentável Leveza do Ser, seu mais famoso romance:
A verdadeira bondade do homem só pode se manifestar com toda a pureza, com toda a liberdade, em relação àqueles que não representam nenhuma força. O verdadeiro teste moral da humanidade (o mais radical, num nível tão profundo que escapa ao nosso olhar) são as relações com aqueles que estão à nossa mercê: os animais. É aí que se produz o maior desvio do homem, derrota fundamental da qual decorrem todas as outras. (KUNDERA, Milan. A Insustentável Leveza do Ser. São Paulo: Companhia das Letras, 1999 [1984], p. 325.)
POR UMA QUESTÃO DE COERÊNCIA. Uma vez que tenhamos despertado para uma realidade, precisamos agir em conformidade com o que descobrimos. Conhecimento sem aplicação não tem qualquer valor – é mero exercício estético, soberba, “saber por saber”, egocentrismo. O conhecimento implica responsabilidade. E aí reside simultaneamente a solução e o problema. Solução porque o ser humano deve aprender a ser responsável. Responsável por seus atos, por seus semelhantes, pela sua morada. Mas ele também aprendeu a aceitar sem questionar a realidade que lhe é imposta. Acomodar-se. Nesse sentido, o governo é também uma benesse e uma maldição. Pois o ser humano se sente mais seguro tendo um governo para delegar responsabilidade e pôr a culpa.

É inquietante saber que podemos fazer algo a partir de nós mesmos, no nosso cotidiano, que muitas injustiças dependem apenas de nós para acabarem. Que a preservação do planeta também depende de nós. Que mesmo as relações interpessoais têm muito a ver com o tipo de mudança que queremos no mundo. Não adianta aspirarmos por paz, liberdade, igualdade, se não as praticamos no dia-a-dia, com nossos semelhantes: se somos autoritários, oportunistas, egoístas, aproveitadores, arrogantes, desrespeitosos, possessivos, mesquinhos, manipuladores... como esperar que haja justiça no mundo?

E isso também se refere aos animais não-humanos. Conscientes da exploração de que são vítimas, devemos refletir sobre o que podemos fazer para impedir que esse massacre continue, sob pena de nos tornarmos cúmplices.

É isso que quero fazer com estes textos. Despertar consciências para uma realidade atroz, a necessidade de mudá-la e a possibilidade concreta de, individualmente, fazermos algo para que essa mudança ocorra tão breve quanto possível.
O veganismo nos desperta, assim, para muito mais além da triste realidade da exploração animal: ele nos desperta para o poder transformador e libertário presente no ser humano, em cada indivíduo. Um poder que traz consigo a responsabilidade de agir de acordo com ele: não basta querer que as coisas mudem; é preciso mudá-las em nós mesmos, e assim o fazendo, teremos certeza que estamos contribuindo para que mudem definitivamente em toda a sociedade, em todo o planeta.

Texto de Bruno Müller
Fonte 

Por Alex Peguinelli 

9 de abril de 2011

Exemplo de ativismo: Cerca de 2 mil pessoas participaram da marcha em Lisboa por uma nova lei de proteção dos animais.

Centenas de pessoas desfilaram hoje em Lisboa, em defesa de uma proposta legislativa que contempla, por exemplo, a inclusão das despesas de alimentação e de saúde dos animais de companhia no IRS e a criminalização do abandono de animais.
Centenas desfilam em Lisboa em defesa dos animais (Foto: Reprodução/A Bola.pt)

 A entrada da Praça de touros do Campo Pequeno, em Lisboa, foi o local de partida escolhido para uma marcha pelos direitos dos animais. “Tourada só na cama”, “Cultura sim, tourada não” eram apenas duas das mensagens escritas dos manifestantes que marcharam até à Assembleia da República para pedir uma nova lei de proteção dos animais.
São poucos os cerca de 500 manifestantes presentes, segundo números da organização, que não têm numa t-shirt ou cartaz um animal. Predominam os cães e os gatos, mas também há um peixe e um rinocerante, elefantes, camelos, estes últimos agrupados num enorme cartaz onde o circo surge como “o pior espectáculo do mundo. Ajude a proibir o circo com animais”.

Marcha pelos animais saiu do Campo Pequeno (Foto: Nuno Ferreira Santos)
 
Ana João e Carla Lopes escolheram envergar a mensagem “os bichos não são descartáveis”, com um cão e um gato ao peito. São ambas voluntárias da Associação Guadi-Centro de Animais, que vieram de Vila Real de Santo António (Algarve) para marcar a sua posição. Dedicam-se a tentar que animais abandonados sejam adotados e chegam animadas por um sucesso recente: pelo Facebook conseguiram arranjar um tutor para a cadela Saphira no Porto, que já seguiu viagem, também lhe conseguiram arranjaram boleia. O canil de Vila Real de Santo António não abate os animais, mas essa não é a realidade da maior parte dos canis, os que não o fazem têm por trás associações como a delas, dizem.
Ana Ramos faz parte da “Adopta-nos”, um site de divulgação de animais para adoção, e deixa a mensagem aos responsáveis: “Façam as contas, sai mais barato a esterilização e adoção dos animais do que o abate”.
No meio dos manifestantes circulam várias folhas de linhas com nomes que se vão adicionando para um objetivo: a Associação Animal, que organizou a marcha, quer fazer entrar no Parlamento uma iniciativa legislativa de cidadãos e para isso precisa de 35 mil assinaturas, que começaram a ser recolhidas em setembro do ano passado.
Rita Silva, presidente da Animal, não diz quantas assinaturas já foram recolhidas, prefere dizer que todas as semanas estão na rua para alertar os cidadãos. O projeto-lei que a Animal elaborou prevê, entre outras medidas, a alteração do estatuto jurídico dos animais, a inclusão das despesas de alimentação e de saúde dos animais de companhia no IRS, o controle de superpopulação de animais abandonados, a criminalização dos maus-tratos e abandono de animais, a proibição de rodeios, touradas, animais em circos, tiro aos pombos, promoção de lutas entre animais, carrosséis de pôneis e compra e venda de animais vivos pela Internet.
A marcha tinha o término previsto em frente ao Parlamento, seguida de uma conferência de imprensa onde estariam presentes alguns deputados, como Rita Calvário, do Bloco de Esquerda, e João Rebelo, do CDS/PP.

Fonte: Público
Por Henrique Cruz.

4 de abril de 2011

Região espanhola de Catalunha proíbe as tradicionais touradas

28/07/2010 - 07h01


Região espanhola de Catalunha proíbe as tradicionais touradas


ROBERTO DIAS
EM BARCELONA


       A Catalunha resolveu abolir as touradas. A decisão foi tomada na manhã de hoje pelo Parlamento local, com 68 votos a favor e 55 contra.
       A lei aprovada se origina de um projeto de iniciativa popular, apresentado com 180 mil assinaturas. O veto entra em vigor em janeiro de 2012.
       Com a decisão, a Catalunha se torna a segunda das 17 Comunidades Autônomas que formam a Espanha a proibir as touradas. As Ilhas Canárias haviam sido as pioneiras.
       A tramitação do projeto envolveu debates acalorados no Parlamento e também nas ruas, com manifestações dominicais diante da arena Monumental, em Barcelona, a única ainda aberta na Catalunha, onde as touradas não são atualmente tão populares como em outras partes da Espanha.
       A proibição não atinge os chamados "correbous", uma grande tradição catalã -neles, o touro é solto na rua e desafiado por pessoas, mas não é necessariamente morto ao final. Deixar os "correbous" de fora do projeto contra as touradas foi um passo essencial para aprovação da lei.


Fonte: Folha de S. Paulo
Postado por Marcio R Pereira

Médico garante que o veganismo é uma prática saudável

(Foto: pratos veganos preparados por membros do V.I.D.A.)
Falar em abolir o consumo de carne na terra do churrasco pode até soar como um insulto, mas é o que algumas pessoas estão fazendo. São os adeptos do vegetarianismo, um grupo que vem crescendo nos últimos anos a ponto de virar tema de estudo de especialistas. 
Em uma das mais recentes obras sobre o assunto, Vegetarianismo e Ciência (Editora Alaúde, 252 páginas, R$ 39), o cardiologista e nutrólogo Julio César Acosta Navarro, com 20 anos de sua carreira dedicados a descobrir os efeitos da dieta livre de produtos de origem animal no organismo, garante que abolir a carne das refeições não oferece qualquer prejuízo à saúde. Para Navarro, o ser humano não nasceu para ser carnívoro.
— Essa história de que na dieta sem carne há deficiência de proteína, vitaminas e sais minerais é mítica. Todos os alimentos vegetais têm esses nutrientes, mesmo que em níveis menores. Existem muitas formas de compor uma dieta equilibrada. Até mesmo grandes atletas adotam o vegetarianismo — diz o o médico chileno naturalizado brasileiro, que atua no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Não ingerir proteína acarreta a perda de massa muscular, fraqueza, déficit de crescimento, alterações metabólicas, cerebrais, de aprendizagem, musculares, cardiovasculares e imunológicas. Isto ocorre quando há falta de alimentos. A dieta vegetariana, segundo o médico, permite que se busque alternativas, como o próprio nome diz, nos vegetais.
O autor da obra faz apenas uma ressalva: mesmo o prato mais balanceado do vegetarianismo será carente de um tipo de vitamina. A B12 é a única que não é encontrada em quantidades suficientes em nenhum outro alimento que não tenha origem animal. Ela é essencial para o bom funcionamento do Sistema Nervoso Central. Em falta, pode causar depressão, por exemplo. Os sinais mais claros do déficit desse nutriente é memória prejudicada e fraqueza. Por isso, aos adeptos do vegetarianismo é indicada uma suplementação alimentar, que pode ser em cápsulas ou injetável.
Os especialistas consideram a discussão sobre as perdas de substâncias essenciais para o corpo com a dieta vegetariana ultrapassada. Há agora uma busca pela educação da população, já que quando se decide adotar hábitos diferentes de alimentação deve-se ter acompanhamento médico e nutricional. O segredo do sucesso já é batido, mas não custa reforçar: equilíbrio.
Para a endocrinologista Patrícia Santafé, do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), a dieta em si é saudável. O problema, conforme a médica, é que a maior parte das pessoas elimina a carne e seus derivados por conta própria, sem se preocupar com a reposição de nutrientes essenciais.
— Quando corta todos os produtos de origem animal da alimentação e não compensa com outros alimentos, a pessoa pode apresentar deficiência de cálcio, de ferro e de gordura. Isso compromete o colesterol e pode causar anemia — adverte Patrícia.
Rica em fibra, pobre em gordura
De um modo geral, a nutrição vegetariana atende com maior facilidade aos requisitos de uma dieta saudável. Rica em fibra e pobre em gordura saturada, com ela é possível o equilíbrio entre proteínas, carboidratos e lipídeos, que preenchem as necessidades diárias de minerais e vitaminas, destaca a nutricionista clínica Sálua Finamor.
— Quando planejada adequadamente, a dieta vegetariana é saudável e resulta em benefícios à saúde, tanto na prevenção quanto no auxílio do tratamento de certas doenças — explica Sálua.
As razões que levam alguém a aderir ao vegetarianimo não se restringem à busca de uma vida mais saudável. Muitos deixam de comer carne por questões ambientais e por serem contrários ao sacrifício de animais. Em seu livro Vegetarianismo e Ciência, o médico Julio César Navarro cita um relatório da FAO, a unidade das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, que aponta que a produção de 250 gramas de hambúrguer libera tanto gás estufa para a atmosfera quanto um carro durante uma viagem de 15 quilômetros.
Seja por ideologia ou por causa da saúde, não há idade para se iniciar uma dieta desse tipo de acordo com os especialistas. Mesmo grávidas e crianças, conforme a obra de Navarro, podem adotar o vegetarianimo. A ADA (American Dietetic Association), órgão de saúde americano, afirma que as dietas lacto-ovo-vegetarianas, quando adequadamente planejadas, podem satisfazer as necessidades nutricionais de bebês, adolescentes e adultos, promovendo um crescimento normal.
— Apesar das comprovações científicas, acho importante não condicionar uma criança à alimentação vegetariana. Pode-se oferecer a opção de comer ou não carne, sempre cuidando obviamente para que se esteja ofertando uma dieta saudável, com todos os nutrientes, para a idade. Devemos deixar que no futuro a pessoa decida o que é melhor para si, para os animais e para o ambiente em que vive — salienta Sálua.
O churrasco dos veganos

Os hábitos alimentares da antropóloga Maria de Nazareth Agra Hassen, 50 anos, e do marido, João Carneiro, 46 anos, editor e presidente da Câmara Rio-grandense do Livro, há cinco anos, mudaram da água para o vinho. Ou melhor, da carne para o brócolis. A família e os amigos acharam que sairiam perdendo, já que João era o churrasqueiro oficial dos domingos. Para a alegria de todos, a churrascada do fim de semana foi mantida. Só que agora, nos espetos da residência do casal, entram apenas carne de soja, legumes, frutas e verduras. De início foi estranho, confessa Nazareth, mas depois tudo virou diversão.
Hoje, Nazareth se sente bem melhor, e sua saúde nunca esteve tão boa. Exames periódicos mostram que ela está bem nutrida. Como é vegana, não se aventura em nada que tenha origem animal, mas faz reposição de vitamina B12 a cada seis meses.
— Comer ficou bem mais divertido, agora que não é mais só para matar a fome.
Pensamos em tudo para montar um prato saboroso e saudável — conta a antropóloga, que decidiu ser vegana por compaixão aos animais.
Para Maria de Nazareth e João, seus pratos ficaram mais bonitos. A não ser a extinção dos cortes bovinos, nada mudou na confraria da churrasqueira.
— churrasco vegetariano me ajuda a evitar a famosa barriguinha. De resto é tudo igual. Tomamos cerveja, espetamos a carne de soja como se fosse uma peça de matambre, com tempero de véspera. Tem o pão com alho e também a salada de maionese, feita com batata, isoflavona (substância derivada da soja que substitui o ovo), aipo e cenoura — destacou João.
Conheça os tipos de vegetarianos
:: Ovolactovegetarianos: Alimentam-se de ovo e de derivados do leite.
:: Lactovegetarianos: Comem derivados de leite.
:: Vegetarianos total ou veganos: Não comem produto de origem animal.
Os benefícios
A dieta vegetariana pode ser usada na prevenção de doenças e como auxílio em tratamentos, conforme a ADA (American Dietetic Association):
:: Doenças do sistema digestivo: A alta ingestão de fibras faz com que as deposições fecais sejam mais volumosas e suaves, permitindo uma frequência maior de evacuação. Em geral, pessoas vegetarianas sofrem menos de síndrome do cólon irritável, apendicite aguda, hemorróidas e úlceras
:: Obesidade: A taxa de obesidade é menor em vegetarianos. Com isso, previne-se cardiopatias e problemas de colesterol e triglicerídeos
:: Diabetes tipo 2: Melhora o controle da glicose e favorece a manutenção de níveis desejáveis de lipídeos
:: Infarto: Redução do número de mortes em 31% em homens vegetarianos e  de 20% em mulheres que seguem a dieta
:: Colesterol: Os níveis são 14% mais baixos em vegetarianos
:: Osteoporose: Mulheres após a menopausa com dieta rica em proteína animal e pobre em proteína vegetal têm taxa mais alta de perda óssea e risco maior de ter fratura de quadril
:: Envelhecimento: Repercute no bom funcionamento dos órgãos e em uma aparência física mais saudável
Os 4 pecados
:: Falta de orientação: Por ser uma atitude que mexe nos hábitos alimentares, é necessário buscar o auxílio de especialistas, que vão personalizar seus pratos e lanches levando em consideração peso, altura, hábitos
:: Monotonia: Não variam a dieta e comem todos os dias os mesmos alimentos. É preciso variar a alimentação, criar pratos novos e incrementar com legumes, frutas e verduras diferentes
:: Tendência a refinados: A carne vermelha provoca uma sensação de saciedade. Por isso, a primeira atitude de alguém que a retira da alimentação é correr para carboidratos e frituras. Para ser saudável, deve-se substituí-los por produtos integrais, do arroz ao pão
:: Deixar de repor nutrientes: Uma avaliação periódica de minerais, proteínas e vitamina B12 é necessária. Suplementos alimentares podem auxiliar.
Faça um cardápio saudável
Fontes de ferro no reino vegetal:
Coma feijão preto, lentilha, ervilha, soja, tofu, gão-de-bico, cereais integrais, gema de ovos, vegetais folhosos verdes (couve, espinafre, brócolis, folhas de beterraba), castanhas (caju) e sementes (semente de abobora, gergelim), frutas secas (damasco, ameixa, passas de uva)
Alimentos que aumentam a absorção de ferro
Sucos ou frutas ricos em vitamina C, como laranja e acerola
Alimentos com cobre, como leguminosas  (feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico), gema, brócolis, milho, beterraba, alho, rabanete, figo, ameixa, laranja, cogumelo, castanha-do-pará, amêndoas, nozes, melado, farinha de soja, trigo integral, aveia, cevada, centeio
Alimentos com ácido fólico, como fígado, nozes, feijão, vegetais  de folhas verde escuras, levedo, brócolis, beterraba, alface, grão-de-bico, laranja, couve-flor, banana, lentilha, cenoura, melão
Alimentos que diminuem a absorção de ferro (não devem ser consumidos uma hora antes, nem uma hora depois das refeições)
Chá mate, preto, chimarrão, chocolate, café, refrigerantes, espinafre e beterraba crus e chocolate
Preste Atenção
Vegetarianos têm menor necessidade e maior absorção de nutrientes. Conforme a nutricionista Claudia Malmann, o organismo se adapta à falta de carne. Por exemplo: o ferro dos vegetais não é tão bem absorvido como o de origem animal, porém, o consumo de vitamina C da dieta vegetariana compensa o déficit desse nutriente.
Fonte: Zero Hora e Anda
Por Nathalia Mota