31 de julho de 2013

"Por que não vão defender as crianças com fome?"


Quem faz esta pergunta admite que existem dois tipos de pessoas no mundo: As "Pessoas Que Ajudam" e as "Pessoas Que Não Ajudam". Além disso, admite que faz parte das "Pessoas Que Não Ajudam", senão diria: "Por que também não me ajudam a defender as crianças com fome?". A "Pessoa Que Não Ajuda", não faz nenhum esforço para ajudar, mas sim, para tentar dirigir as ações das "Pessoas Que Ajudam".

É uma "Pessoa Que Não Ajuda", mas ainda assim quer decidir quem merece a ajuda das "Pessoas Que Ajudam" e o nome disso é prepotência.
"Pessoas Que Ajudam" nunca vão ajudar as “crianças com fome”. E sabe por quê? "Crianças com fome" é abstrato demais. São figuras de retóricas de quem gosta de comentar sobre o estado do mundo atual enquanto beberica uma coca-cola no conforto de sua casa ou na internet. "Pessoas Que Ajudam" agem em cima do que existe, do que elas podem ver, do que lhes chama atenção naquele momento. Elas não ajudam "os idosos", elas ajudam "os idosos do asilo X”. Elas não ajudam "as crianças com fome", ajudam "as crianças do orfanato Y". Ajudam o "Instituto da Doença Z" com uma tarde por semana contando histórias aos pacientes. "Pessoas Que Ajudam" não ficam esperando esses seres vagos e difusos como as "crianças com fome" baterem na porta da sua casa e perguntar se elas podem lhe ajudar.

"Pessoas Que Ajudam" vão atrás de questões mais pontuais. Cobram das autoridades punição contra quem maltrata um animal indefeso. Dão auxílio a um pai de família que perdeu o emprego e não tem como sustentar seus filhos. Tiram satisfação de quem joga lixo no chão. Dão aulas de graça para crianças de um bairro pobre. Levantam fundos para o tratamento de um doente. Tomam partido em injustiças e denunciam crimes, seja qual for a vítima. Não estão salvando o mundo, estão resolvendo problemas que estão ao seu redor e os quais se depara. "Pessoas Que Ajudam" não criticam e atrapalham a vida de outros. São construtivas, e não destrutivas. Quem se preocupa com algo tão difuso e sem cara como as "crianças com fome" são as "Pessoas Que Não Ajudam".
"Pessoas Que Ajudam" são incrivelmente multitarefa, ao contrário da preocupação que as "Pessoas Que Não Ajudam" manifestam a seu respeito (preocupação justificada, porque quem nunca faz nada acha que é muito difícil fazer alguma coisa, quanto mais várias). O fato de uma Pessoa Que Ajuda se preocupar com a integridade de um animal não significa que ela comeu o cérebro de uma criança no café da manhã. Não existe uma disputa de facções entre Pessoas Que Ajudam, tipo "humanos versus animais".
 Muitas das "Pessoas Que Ajudam" que acham importante fazer valer a lei no caso de maus-tratos a animais são pessoas que ao mesmo tempo doam sangue, fazem trabalho voluntário, levantam fundos, são gentis com os menos privilegiados e batalham por condições melhores de vida para todos, mas não alardeiam isso por serem causas mais legitimadas e respaldadas do que a de animais, esta última ainda sem apoio da população e do governo.

Não há fundamento ético, racional e prático para o argumento de que enquanto existir pessoas passando fome no mundo, os animais também devam morrer sem assistência. Ser negligente com os animais, não ajudará as pessoas necessitadas.

Até onde a sua ética e respeito se limitam?
Ela se limita a um nível social, raça e/ou espécie? Não limite o que é correto! O respeito ética e justiça não precisam ser hierarquisados. Não seja apenas assistencialista e populista. Realmente se importe, acompanhe, busque soluções e leve para a sua vida. Lutar por uma causa, independente de qual seja, não diminui, só adiciona!

Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima.
Movimento Feminista, não desista das mulheres e da luta pelo fim do sexismo por causa das crianças com fome.
Movimento Negro, não desista da igualdade racial por causa das crianças com fome.
Movimento gay, não desista de lutar pelo fim da homofobia por causa das crianças com fome.
Movimento de Libertação Animal, não desista de abolir a escravidão de uma infinidade de seres sencientes por causa das crianças com fome.
E tantos outros movimentos... não desistam de suas causas por não poderem militar por todas. Não dissociem.
Libertação animal humana e não-humana!

Por Nathalia Mota

29 de julho de 2013

8 Documentários para assistir e baixar de graça


Chame os amigos e abra um debate sobre a relação Homem X Animais. Para assistir ao documentário Terráqueos, clique aqui.
TERRÁQUEOS (Earthlings) é um filme-documentário sobre a absoluta dependência da humanidade em relação aos animais (para estimação, alimentação, vestuário, diversão e desenvolvimento científico), mas também ilustra nosso completo desrespeito para com os assim chamados "provedores não-humanos".
 Este filme é narrado por Joaquin Phoenix (GLADIADOR) e possui trilha sonora composta pelo instrumentista, dj e compositor Moby. Com um profundo estudo dentro das pet-shops, criatórios de filhotes e abrigos de animais, bem como em fazendas industriais, no comércio de couro e peles, indústria de esporte e entreterimento, e finalmente na carreira médica e científica, TERRÁQUEOS usa câmeras escondidas e filmagens inéditas para narrar as práticas diárias de algumas das maiores indústrias do mundo, as quais dependem de animais para lucrar.
 Impactante, informativo e provocando reflexões, TERRÁQUEOS é de longe o mais completo documentário jamais produzido sobre a conexão entre natureza, animais, e interesses econômicos.


  

A Carne É Fraca é um documentário produzido pelo Instituto Nina Rosa. “Alguma vez você já pensou sobre a trajetória de um bife antes de chegar ao seu prato? Nós pesquisamos isso para você e contamos neste documentário aquilo que não é divulgado. Saiba dos impactos que esse ato – aparentemente banal – de consumir carne representa para a sua saúde, para os animais e para o Planeta.” – Sinopse feita pelos produtores. Assista aqui (link para o Youtube)






Forks Over Knives (Troque o Faca Pelo Garfo) - O documentário que fez o músico Ozzy Osbourne se tornar vegano! Documentário que aborda um dos grandes problemas da sociedade moderna: os graves problemas de saúde que afetam parte significativa da população causados por um cardápio de alimentos de origem animal. Assista aqui.



















SINOPSE: “The Cove” (ou A Enseada) mostra um grupo de ativistas ambientalistas que, munidos de equipamentos de filmagem com alta tecnologia e liderados pelo ex-treinador de golfinhos Ric O’Barry, vão até uma enseada em Taijii, no Japão, para registrar a chocante caça aos golfinhos e o cruel abuso desses animais.
Assista e divulgue: www.vista-se.com.br/cove
O filme não é baseado em cenas fortes e é imperdível.


Uma Vida Interligada é um pequeno e excelente documentário educativo que apresenta importantes informações sobre questões éticas, ambientais, sustentabilidade e sociais dentro da temática do vegetarianismo e do consumo de produtos, que representa um assunto urgente e de vital importância para a sobrevivência de todo o planeta e da espécie humana, para o presente e o futuro. Não contém cenas fortes. Assista aqui.




Meat the Truth é um documentário que faz um adendo aos filmes anteriores sobre as mudanças climáticas que têm ignorado repetidamente uma das mais importantes causas da mudança climática: a pecuária intensiva. O documentário demonstra com dados que a criação de gado gera mais emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo que todos os carros, caminhões, trens, barcos e aviões somados. Feito pelo “Partido dos Animais” da Holanda. Assista aqui.




Behind The Mask (por trás da máscara) é um documentário sobre ativistas dos direitos dos animais que invadem laboratórios e outras instalações que torturam animais para resgatar inocentes de uma prática antiga e cruel: a vivissecção. As ações são filmadas e fornecem imagens sobre o modo como os animais são tratados. Independentemente do que se pensa sobreas táticas do Animal Liberation Front, o filme é extraordinário. Assista aqui.





Como o próprio McCartney costuma dizer: “se matadouros tivessem paredes de vidro, todos seriam vegetarianos”. A julgar pelas chocantes cenas do filme, ele não deixa de ter razão. O vídeo foi dublado por Evandro Oliva. Assista aqui.


Fonte

Por Nathalia Mota

28 de julho de 2013

Em estado terminal, co-criador de “Os Simpsons” doará toda sua fortuna para alimentar pessoas necessitadas com alimentação vegana e para a divulgação do veganismo


Uma lição de vida e a prova de que precisamos lutar pelos animais e também pelas pessoas

Admitindo ser um um paciente terminal de câncer de cólon, Sam Simon, que criou uma das séries de desenho animado mais famosas do mundo ao lado de Matt Groening, “Os Simpsons”, declarou que doará toda a sua fortuna para o combate à miséria e para ONGs que divulgam os Direitos Animais.

Todos os royalties que ganhou com a animação, avaliados em dezenas de milhões de dólares, serão transferidos para ONGs como a PETA e a Sea Shepherd. Para a Sea Shepherd, que trabalha na conservação dos oceanos, deve ser entregue um navio novo, atendendo a um pedido do capitão Paul Watson. Para a PETA, devem ser doados alguns milhões de dólares para a divulgação da filosofia de vida vegana em grandes meios de comunicação.

A vontade de ajudar as pessoas e os animais não veio apenas depois do diagnóstico do câncer. Sam mantém há anos a Sam Simon Foundation (conheça), que é uma fundação especializada em recolher e tratar animais que estão na rua e também em combater a fome, distribuindo milhares de refeições veganas.
Em uma emocionante entrevista publicada nesta quinta-feira (25) pelo site norte-americano Hollywood Reporter(leia aqui, em inglês), Simon disse que sua organização oferece apenas alimentos livres de crueldade e revelou que já deixou de doar seu dinheiro para uma grande e conhecida ONG que também combate a miséria pelo fato de não servirem alimentos veganos. Quando Sam perguntou à The food bank se os milhares de pratos distribuídos por eles eram livres de crueldade, recebeu uma justificativa rasa e em forma de pergunta: “Veja bem… e as pessoas que não são veganas?”. O argumento não convenceu Sam, que recusou-se a doar seu dinheiro para que carne e outros produtos de origem animal fossem comprados.

Em parceria com a PETA, Sam vem resgatando animais maltratados em circos e zoológicos. Sobre isso, ele lamentou o curto tempo de vida que o resta: “Eu só queria ter mais alguns dias para ver estes animais pisando na grama pela primeira vez.

O milionário sente prazer em ajudar e disse que toda sua família já recebeu todo cuidado que o dinheiro poderia oferecer, que não é casado e que não tem filhos e que, por isso, partiu para a caridade.
É realmente lamentável que pessoas como Sam simplesmente deixem este mundo. Mas é profundamente inspirador que um homem faça o que ele faz, quando tanta gente só pensa nos números. Sam é ovolactovegetariano desde os 19 anos e tornou-se vegano quando conheceu a PETA e começou a atuar pela ONG, há alguns anos.

O câncer de cólon tem forte ligação com o consumo de carne segundo estudos internacionais e também segundo a conclusão de um estudo da USP (leia aqui). Embora tivesse chances reduzidas de desenvolver a doença por ser ovolactovegetariano desde a juventude e veganos há alguns anos, Simon, que tem hoje 58 anos, teve a péssima notícia de quem tem pouco tempo de vida.

Fica a mensagem que Sam Simon deixou ao repórter do Hollywood Reporter sobre a relação do ser humano com os animais:
Repórter: Que mudanças você quer ver no mundo?
“Eu quero que os testes em animais acabem. Eles não funcionam. O veganismo é a resposta para a maioria dos problemas que temos no mundo em termos de fome e mudanças climáticas. Ele ajuda a saúde das pessoas. A produção de carne é a maior emissora de gases do efeito estufa. E tem o aspecto da crueldade e do sofrimento. Quando as pessoas deixam de comer produtos de origem animal e quando escolhem adotar um cão ao invés de comprá-lo, é uma vitória.”

Infelizmente, Sam não deve ver muitas das mudanças que espera, mas, ainda bem, existem milhares de pessoas comprometidas em passar essa mensagem adiante, geração após geração. Em nome de todas as pessoas que se preocupam com o bem deste mundo, obrigado, Sam, pela inspiração. O projeto Vista-se compartilha esta vontade de ajudar e de continuar na divulgação do veganismo e também com o a ideia de que o veganismo não é apenas proteger os animais não-humanos e sim também as pessoas.

Se você quer conhecer mais sobre o veganismo e saber como dar os primeiros passos neste novo estilo de vida, acesse www.sejavegano.com.br. Por favor, seja vegana(o).



Por Nathalia Mota


20 de julho de 2013

O Planeta Terra é Você: vídeo sobre nós, os animais e o meio ambiente


Um vídeo criado pelo músico mexicano Carlos Chavira vem emocionando centenas e milhares de pessoas nas últimas semanas. Com apenas 4 minutos e 37 segundos, o filme tem como ponto forte seu texto, brilhantemente interpretado pelo próprio Carlos Chavira.



Fonte

Por Nathalia Mota

19 de julho de 2013

Friboi será acionada na justiça por vender carne com verme


Os vermes se alimentam da carne e, uma vez dentro do corpo humano, podem levar à morte

Vem da cidade de Valparaíso, em Goiás, a denúncia do consumidor Ricardo Castro, que diz ter comprado carne da empresa JSB-Friboi com um verme, o que ocasionou um grande constrangimento na mesa de jantar de sua casa. Segundo uma matéria publicada nesta terça-feira (4) no portal Terra (leia aqui), sua filha e sua esposa passaram mal e vomitaram após ver o verme decompondo a carne.

Segundo Castro, depois de entrar em contato com a empresa diversas vezes, recebeu como resposta o oferecimento de um “kit feijoada” e uma bolsa térmica. O consumidor não aceitou e disse que vai levar o caso à justiça.

A presença de vermes em carnes de animais consumidas por humanos é mais comum do que a maioria das pessoas pode imaginar. A ingestão destes vermes pode causar doenças graves e levar à morte. A Taenia saginata, popularmente conhecida como “Solitária”, provém deste tipo de caso. A pessoa ingere a larva através da carne bovina ou suína e o parasita cresce dentro de seu corpo e pode se alojar no cérebro, por exemplo.
Em nota, a JBS-Friboi negou que possa ter havido qualquer tipo de contaminação no processo produtivo e que tentou acordo com o consumidor, sem sucesso.


Por Nathalia Mota