25 de junho de 2011

Ativistas espanhóis são presos como ‘eco-terroristas’

Foto: Publico.es
Por Lobo Pasolini (da Redação)
12 ativistas pelos direitos animais foram presos na Espanha e estão sendo rotulados pelas autoridades como ‘eco-terroristas’, a nova arma da indústria para impedir que o horror da exploração dos animais chegue aos olhos do público.
A notícia foi comentada pelo respeitado blog Green Is The New Red (Verde É o Novo Vermelho) mantido pelo jornalista vegano Will Potter, que escreveu um livro sobre esse perigoso desdobramento da era Bush para perseguir ativistas que trabalham na linha de frente.
A grande mídia chegou a reportar que os ativistas da Igualdad Animal, que realizam resgates abertos, teriam conexões com a Animal Liberation Front. Mas o porta-voz do grupo, Javier Moreno, que também foi preso, disse que eles estão sendo alvos do governo por que esse não conseguiu encontrar as pessoas que cometeram crimes atribuídos a ALF. Trata-se de uma tentativa de criminalizar o movimento, ele disse.
Segundo Will Potter, o caso lembra o recente episódio ocorrido na Áustria, onde ativistas foram taxados de terroristas. Mas é muito cedo para traçar comparações, ele disse.
Já estão programados para amanhã (24 de junho) protestos em frente à embaixada espanhola nos Estados Unidos, Alemanha e Bélgica, Áustria, Inglaterra e cidades espanholas. Segundo um relato do advogado, o grupo está sendo tratado adequadamente pelas autoridades, embora não estejam recebendo comida vegana. Alguns ativistas declararam greve de fome até que recebam alimentação vegana. Eles estão detidos nas delegacias de polícia de Santiago de Compostela e A Coruña.
Nessa página encontra-se uma lista de consulados espanhóis no mundo, inclusive o Brasil. Por favor, telefone registrando protesto contra a prisão dos ativistas e pedindo que comida vegana seja providenciada para eles enquanto eles estiverem nas mãos da polícia.

Fonte: http://www.anda.jor.br/2011/06/25/ativistas-espanhois-sao-presos-como-%e2%80%98eco-terroristas%e2%80%99/
Por Henrique Cruz.

24 de junho de 2011

Vaca abre porta de estábulo e liberta animais na Irlanda do Norte - veja o vídeo

Uma câmera colocada no estábulo pelo dono do rancho flagrou uma vaca libertando os outros animais todas as manhãs. A vaca esticava a língua e soltava o trinco da porteira com a boca.
Veja o vídeo AQUI.


A postagem abaixo (Emoções nos animais: uma ponte para a ética?) deixa claro como devemos interpretar esse tipo de atitude dos animais não-humanos, que, evidentemente, tem uma explicação.


"A vida é valor absoluto. Não existe vida menor ou maior, inferior ou superior. Engana-se quem mata ou subjuga um animal por julgá-lo um ser inferior. Diante da consciência que abriga a essência da vida, o crime é o mesmo." Olympia Salete 


Por Nathalia Mota

23 de junho de 2011

Emoções nos animais: uma ponte para a ética?


Cientificamente, o que podemos dizer de uma manada de elefantes que sempre viajava devagar, pois um de seus membros nunca se recuperara por completo da fratura de uma perna quando era filhote? Ou de outra manada, também de elefantes, em que uma das fêmeas carregava um filhote morto há dias, e os outros elefantes acompanhavam o seu passo lento? Agiam por instinto, por uma questão de sobrevivência? Ou poderíamos dizer que os animais estão agindo de acordo com seus sentimentos, como provavelmente diríamos a respeito dos humanos?

Quem desfruta a companhia de um cão, gato ou qualquer outro animal, por vezes pode perceber certas semelhanças conosco. Com certeza essas pessoas diriam que seus animais têm emoções, embora não saibam precisa-las. Caso essas mesmas pessoas sejam cientistas que tiveram uma educação cartesiana, elas podem afirmar, com mais cautela, sobre a possibilidade de emoções, mas será pouco provável que elas ignorem completamente a possibilidade de existência de emoções nos animais.

Em nosso cotidiano, todos sentimos e conversamos sobre emoções. Entretanto, cientificamente, poucos são os que se atrevem pronunciar a respeito. Tal ousadia se intensifica quando o assunto é especificamente dirigido aos animais: às emoções dos animais. É nessa corda bamba que os autores decidem caminhar. Tentando se equilibrar entre as acusações de anticientífico e antropomorfizador ou de negligenciar as evidências empíricas das pessoas que lidam com animais.

Ele: Jeffrey Moussaieff Masson, psicanalista e doutor em sânscrito.  Desde a década de 1990, dedica-se à investigação da vida emocional dos animais, escrevendo também outras obras sobre o tema, inclusive o prefácio do livro de Tom Regan, Jaulas vazias. Ela: Susan McCarthy, diplomada em biologia e jornalismo.  Ambos, dando-se conta da inexistência de publicações sobre a vida emocional dos animais, concluíram que o livro que gostariam de ler ainda precisava ser escrito.

Um dos motivos para a falta de publicações científicas sobre as emoções dos animais é o medo de ser acusado de antropomorfismo, “uma forma de blasfêmia científica”, com o qual os autores lidam muito bem. Cada capítulo trata de uma emoção e em nenhuma ele oferece respostas definitivas. É, realmente, uma emoção atrás da outra em cada história sobre os sentimentos em diversas espécies de animais. Com os exemplos das narrativas, o que pretendem é fazer o leitor ‘parir’ suas conclusões. Por isso, talvez pudéssemos defini-lo como um livro maiêutico. Nele somos levados a viver as histórias junto aos animais e a nos identificarmos com as diversas situações. Através da identificação dos sentimentos e situações passadas, somos também levados a nos questionar, além da especificidade de nossa espécie. Questionamo-nos se temos certeza sobre o que sentimos e sobre o significado daquilo que sentimos.  Afinal, como temos certeza que o outro sente a emoção que ele realmente diz estar sentindo?

O inovador é a crítica que os autores fazem aos cientistas que tentam negar as emoções animais, pois afirmam serem todas frutos de antropomorfismo. Ele provará ser possível, pela observação, percebermos as semelhanças entre nossos sentimentos e os deles. Contudo, não deixa de perceber os limites e as diferenças entre animais humanos e animais não-humanos. Uma percepção interessante dessa linha é a da filósofa britânica Mary Midgley, citada no livro, quando ela diz que os treinadores indianos de elefantes podem sim interpretar erroneamente alguns dos comportamentos dos elefantes, pois os aproximam demais dos humanos. Contudo, se eles ignorassem os sentimentos básicos do dia-a-dia – como, por exemplo, quando eles estão irritados ou desconfiados – eles não só teriam problemas como treinadores, como também correriam risco de vida.

Atualmente, a ciência que mais se aproxima das emoções animais é a etologia, que estuda o comportamento animal. Porém, esta procura explicações causais para o comportamento dos animais, e não emocionais, recorrendo quase sempre aos instintos como justificativa. A visão tradicional diz ser mais recomendável estudar o comportamento do que tentar chegar às emoções subjacentes. Afinal, emoções são difíceis de serem catalogadas ou simplesmente descritas por palavras. Quando a descrevemos, estamos racionalizando um sentimento, algo por si só subjetivo. Mas como não racionalizar? Como compreender a emoção por si? Será possível termos empatia suficiente para nos colocarmos no lugar dos animais e entendermos com a mente/emoção deles?

Cesar Ades (1997) reconhece que compreendermos o animal nele mesmo implica um enorme problema de tradução de significados. Como já disseram os italianos, tradutore traditore, ou seja, nenhuma tradução é inteiramente fiel ao original. Ades também afirma que toda possibilidade de conhecimento sobre outra espécie será dada por meio de construção de significado.(1997;133 in Chipanzés não amam). Assim, tal conhecimento nunca será neutro.

Quando tratamos de outra espécie, corremos riscos toda hora, como os já citados treinadores indianos de elefantes. Se acreditarmos que nossos sentimentos são as únicas e verdadeiras experiências que todos os animais possam ter, corremos o risco de humanizá-los, de não os compreendermos como eles são, nos enganarmos com relação às emoções e, pior, desrespeitar as emoções deles. Se tivermos muito medo de antropomorfizar, ignorando a possibilidade de semelhança que possam ter conosco, corremos risco de considerá-los objeto.
Há alguns anos atrás, etnólogos consideravam que determinadas emoções ocidentais não eram passíveis de ocorrer em culturas consideradas inferiores. “Parecia irrelevante, então, querer saber algo a respeito de compaixão ou do sentimento estético em certas tribos montanhesas, como agora parece acontecer quando se quer catalogar os sentimentos estéticos entre os ursos”(2001;40). Da mesma forma em que é possível supor sentimentos de humanos pela linguagem corporal (sem que haja comunicação verbal), também o é quanto aos não-humanos, mesmo que a linguagem corporal seja completamente diferente. O que uma pessoa sente nunca poderá ser exatamente percebido pela outra.

Quando uma fêmea protege seu filhote, dizemos que é instinto. Porque não podemos dizer isso de uma mãe protegendo seu filhote? Reconhecendo que seja instinto, isso significa ausência de amor, significa que não há emoção? No decorrer do livro, os autores propõe essa junção. Não ignoram as vantagens evolucionistas, entretanto reconhecem que não são suficientes. É preciso ir além, reconhecer que, como nós, nem todas as emoções são benéficas evolutivamente, como os casos narrados no início dessa resenha: uma manada de elefante que anda lentamente em solidariedade a um companheiro não tem muitos benefícios evolutivos. Assim como animais que sofrem de tristeza: não há mérito nenhum em perder a vontade de tudo devido a perda de alguém. Ou o sentimento de medo, um dos mais frequentemente caracterizados como instinto. Quando muito intenso, ao invés de levar a fuga, pode produzir choque e levar a paralização. Por exemplo os gnus, quando encurralados por hienas, raramente tentam se defender. Permanecem na mesma posição enquanto são comidos vivos, mugindo.

Com o advento dos estudos de animais em laboratórios, o distanciamento dos cientistas em relação ao mundo dos sentimentos animais ficou ainda maior, para “proteger” a consciência dos pesquisadores. Os interesses profissionais e financeiros na continuidade da pesquisa animal, portanto, ajudam a explicar a resistência à noção de que os animais têm uma vida emocional complexa. Em muitos casos a emoção dos animais é detalhadamente descrita e constatada. Estas evidências, contudo, não são consideradas dignas de credibilidade cientifica, por não pertencerem ao modelo padrão “experimental”. Consequentemente, tais evidências, que poderiam inclusive ser base para um estudo mais aprofundado, não são publicadas. Os cientistas costumam afirmar que determinado comportamento de um animal é um mero reflexo ou atributo evolutivo, ao invés de atribuir a ele determinada emoção. Um pássaro canoro cantando, por exemplo, ao invés de ser visto cantando com alegria e prazer, é visto como um animal marcando território ou tentando atrair possíveis parceiros. Na realidade, nada impede a presença das duas visões. Uma não excluí a outra. A ciência necessita de abordagens mais eficientes e sofisticadas.  Os autores estão o tempo todo tentando conciliar essas diferentes perspectivas a fim de compreender o animal da forma mais fiel possível.
Os autores, reconhecendo a ausência de neutralidade no estudo dos animais, não somente demonstram que eles também tem emoções, como vão além mostrando o quanto a negação da possibilidade de sentimento não é só uma tentativa de “ser científico”, mas esconde interesses especistas.

Há uma urgência no humano em definir-se não apenas diferente do animal não-humano, mas inteiramente diferente dele, inclusive emocionalmente. As distinções não são neutras, apenas diferenças características, mas baseados nelas que os grupos dominantes pretendem justificar o seu poder. Assim, a suposta falta de emoções em animais é uma recorrente desculpa para justificar a sua exploração. Quando dessensibilizamos o outro, nos dessensibilizamos perante ao outro.


Entendemos aí o brilhante título do livro: Quando os elefantes choram. O choro remete a lágrima. Lágrimas são as únicas secreções consideradas dignamente humanas. As outras secreções são consideradas excrementos; pois, presentes em outros animais, nos lembram nossa condição animal, o mais natural de nosso ser, que não pode ser suprimido, embora deva ser excretado. As lágrimas não, elas constam nos livros, nas poesias, nas fotos, não precisam ser escondidas como são as outras secreções. Assim, Quando os elefantes choram – sim, eles podem também chorar – eles se aproximam de nós e fica cada vez mais difícil delimitar a barreira que nos diferencia dos outros animais.

Com tantas descobertas, a conclusão do livro não poderia deixar de ser brilhante. O autor discute a ética que deve surgir como consequência do entendimento correto das emoções animais. Aos poucos os cientistas começam a ter humildade suficiente para admitir que os animais também têm semelhanças conosco no campo sentimental. Isso nos coloca como mais uma espécie na natureza, não como os melhores, mas como diferentes. Iguais na capacidade de sentir a maioria das emoções e na vontade de viver, diferentes em outras características.

A ponte das emoções à ética pode ser construída pela empatia. É a capacidade de termos empatia que constrói o respeito e a consolidação pelo outro. Maturana diz que para termos empatia é preciso imaginação. Ele cita o jovem que, ao visitar uma exposição sobre Hiroshima, disse não se sensibilizar; Afinal, não tinha capacidade para incorporar no seu mundo aqueles japoneses, pois estavam tão distantes. Se não podia aceitá-los como legitimamente outro na convivência, não se preocuparia com eles. Maturana deduziu que é necessária imaginação para se ter empatia. Imaginação para tentarmos compreender o outro, o sentimento alheio, incorporando-os em nosso mundo. Creio que esse é um grande mérito desse livro: através das histórias reais de animais de outras espécies, somos levados a imaginar e, assim, a nos colocar no lugar deles. Como Moussaieff Masson diz “Pode ser difícil imaginar o universo sensorial de outra espécie, mas não é impossível.” (2001,279).



Fonte - Por Tania Vizachri – Formada em Ciências Sociais, é professora de Sociologia do Ensino Médio.

Por Nathalia Mota

20 de junho de 2011

O QUE ESTAMOS ESPERANDO PARA AGIR ?

por Nina Rosa.

Sabemos dos holocaustos sem fim nos matadouros, sabemos dos confinamentos de vidas femininas submetidas à inseminação artificial ano após ano, tendo suas crias arrebatadas no primeiro dia de vida, sem ao menos poder amamentá-las, para que sobre mais leite para ser vendido. E sabemos que ao final de todo esse sofrimento e total privação da liberdade, ainda virá o matadouro. Tanto para a mãe, como os filhos.

Será aceitável que ainda existam matadouros? Sabemos que eles só existem porque nós os sustentamos.Sabemos dos horrores a que são submetidos nossos irmãos das águas na indústria da pesca, onde trilhões são mortos indiscriminadamente pelos navios frigoríficos. E na crueldade da chamada “diversão” nos parques aquáticos, pesca oceânica, pescarias de finais de semana, entre outros.Sabemos da crueldade que também sofrem nossos irmãos silvestres, raptados, engaiolados para sempre pelo comércio ilegal, imoral, mas tolerado e patrocinado por quem quer exclusividade no canto ou no lamento de um pássaro.

Sabemos do TERROR dos nossos irmãos condenados a torturas inimagináveis, apenas por terem recebido da natureza uma linda e macia pelagem, pois, não contentes com as nossas, arrancamos as peles deles, por futilidade.

Sabemos, se temos olhos para ver, da quantidade de sofrimento pelas ruas, becos, praças,estradas, de cães, gatos, cavalos, vagando, magros, tristes, abandonados, com sequelas de atropelamentos, ou de espancamentos, ou de estupros, a que estão sujeitos como vítimas indefesas do desequilíbrio humano.Há ainda aqueles em verdadeiras prisões domiciliares, negligenciados ao extremo, amarrados em locais desabrigados de sol, chuva e vento, com falta de espaço, de alimentação, higiene, de atenção…enfim, de amor. Eles, que tão bem sabem amar.

Todos nós andamos pelas ruas das cidades, e é impossível não perceber o sufocamento das nossas irmãs árvores, cimentadas até o pescoço, transformadas em verdadeiras lixeiras por humanos menos educados, que depositam seus sacos de lixo, ou os dos dejetos de seus animais a seus pés. Será uma oferenda? É isso que queremos oferecer às amigas que nos dão sombra, ar purificado, beleza, frutos, flores e alegria? Centenas de árvores caindo, doentes, por falta de atenção, de cuidados, submetidas a podas em épocas inadequadas, vendo derrubados os ninhos de seus companheiros passarinhos.E nossas irmãs águas, temos reparado nelas? Será que estamos valorizando esse líquido sagrado e precioso, será que estamos procurando nos atualizar sempre com novas idéias de como poupá-las, reutilizá-las? Estamos passando adiante esses conhecimentos? Nossas irmãs pedras, será que reconhecemos e respeitamos sua sabedoria milenar?

Amigos, vamos nos desprogramar! Porque sim, fomos todos programados para continuar isso que está aí..e que já está claro que não serve para quem almeja evoluir.Vamos considerar tudo isso passado e acordar para uma nova realidade, onde não faremos mais parte da negação e da omissão. Há inúmeras oportunidades. Cada uma das situações horríveis que descrevemos acima significa uma oportunidade de equilibrar, fazendo o contrário. Participou ou testemunhou uma situação danosa? Faça o contrário. Faça o contrário!Se nos comunicarmos com os outros reinos além do nosso, nossa vida ganhará alegria, ganhará uma nova dimensão. 

Teremos amigos sábios, fiéis, gratos, com uma capacidade de irradiar amor que ainda não conhecemos entre humanos. Tudo isso está aí, à nossa disposição.E o que fazemos? Em geral ficamos no nosso mundinho, acalentando nossos pequenos problemas, até que pareçam enormes e tomem toda nossa energia. Então ficamos cansados demais para qualquer coisa, e amargamos frustração, porque nosso verdadeiro eu quer muito mais de nós…Vamos deixar de financiar assassinatos em matadouros. Vamos evitar ao máximo calçados e bolsas de couro e usar só os que não contém crueldade embutida (lembrar que trabalho escravo não é só contra os animais, como as vacas chamadas“leiteiras”, galinhas chamadas “poedeiras” ou ainda as cadelas e gatas chamadas “matrizes” para terem seus filhotes vendidos), mas há também trabalho escravo humano adulto e infantil e muitos artigos de origem chinesa, à venda no comércio por preços muito baixos, podem ter origem de trabalho escravo.

Então vamos combinar: casacos de peles ou golas de peles alheias, nem pensar. Pele, só a sua mesmo. Tapetes de peles de boi, estofamentos de couro natural nos assentos dos automóveis,repudie! Isso não é chic, isso demonstra inconsciência, egoísmo, futilidade.Vamos evitar ao máximo produtos testados em animais.

 Medicamentos ainda não existem, mas produtos de beleza sim, e os produtos de higiene da casa, podemos fazer em casa mesmo, sem química, e sem prejudicar nossos animais de estimação e nem o ambiente.Vamos passar a enxergar e nos envolver compassivamente com os cães e gatos por onde transitamos. Há inúmeros deles precisando da nossa ajuda: adotar, prestar serviço voluntário,ajudar financeiramente quem os acolhe.

O que mais podemos fazer pelos reinos…Podemos ajudar na rua um animal em situação de risco que esteja precisando de um olhar,uma palavra de conforto, alimento, atendimento médico-veterinário, ajuda para encontrar um novo lar. Alguma coisa sempre podemos fazer. 

Para ajudar os cães e gatos de maneira coletiva é necessário organizar controle populacional (castração), campanhas de educação e de adoção.Podemos trabalhar fazendo palestras em escolas, em centros comunitários, em favelas,exibindo ou oferecendo para exibição os filmes educativos do INR. Eles são produzidos com o propósito de apoiar esses trabalhos de sensibilizar, de educar em valores. Podemos e devemos denunciar maus-tratos quando presenciamos algum (no site do Denunciar é uma forma de valorizar a vida animal e de educar humanos. Circos, zoológicos, rodeios? Nem pensar! Precisamos é de santuários para abrigar os animais retirados dessas locais que os exploram. Para os santuários de animais são necessárias grandes áreas de terra, mas o mais difícil não é conseguir as terras, muito difícil é ter pessoas responsáveis e abnegadas que tenham como propósito de vida cuidar de um santuário.É trabalho para todas as horas do dia e da noite de uma vida inteira. Sem vida pessoal. É  necessário muito, mas muito amor pelos animais, além de equilíbrio psíquico.Comprar objetos de marfim, andar de camelo, charrete, bodinho, aluguel de cavalos, tudo isso é sustentar a exploração.Comprar animais silvestres, domésticos, ou qualquer outro, é ser conivente com o abuso. Quem vive da procriação desses animais deveria procurar emprego, ao invés de explorar fêmeas e machos para proveito próprio.

Se cada um de nós cuidar ao menos uma só árvore, aquela que está em frente à nossa casa, ou estabelecimento comercial, indústria, do local onde trabalhamos, estaremos emanando não só exemplo positivo ao nosso redor, como também irradiando respeito e amor a todas as outras irmãs árvores, por intermédio dos seus seres guardiães. Ao cuidar de uma árvore, esse amor se irradia, e que diferença podemos fazer no mundo, só com a energia dedicada ali: manter limpa do excesso de cimento, das impurezas, aguar, se necessário preencher de terra o espaço ao redor e plantar folhagens ou florzinhas para manter a umidade e embelezar.

Quando pensamos nos reinos da natureza, em geral pensamos numa divisão, mas quando nos referimos à VIDA, somos um só organismo e os reinos são inter-dependentes . Como seres pertencentes ao reino humano, o que nos diferencia dos outros reinos é exatamente aquilo que nos capacita a ser responsáveis por eles. Amigos, vamos deixar nossa consciência e o amor de nosso coração comandarem nossos egos.Vamos tomar a decisão interna de estar despertos para o Bem Geral. E se sentimos o impulso de ajudar, de alguma dessas formas, ou de outra, vamos sustentar esse impulso positivo, sair do plano das idéias e concretizar a ação. É necessária coragem para fazer o bem, vamos nos atirar, confiando na nossa intuição e amparados pelo nosso coração.Vamos parar de resistir àquilo que sabemos internamente que temos que fazer. Enquanto podemos. 

Vamos nos deixar inundar pelo amor, pela gratidão de ter perante nós tantas oportunidades de colaborar, contribuir – pois para nós mesmos não precisamos de nada , não é ? Vamos nos permitir a alegria de dizer sim, de aceitar servir, servir por servir, sem expectativas de retorno,com paciência, determinação, simplicidade, humildade e discrição. Vamos incluir outros reinos em nossas vidas e assim nos tornar mais completos. Vamos contribuir também com energia monetária, que pode ser tão útil para suprir necessidades básicas, quando para quem já está suprido delas… acumular para que? Vamos investir, sim, mas no Amor, na compaixão e na generosidade…Confie na sua intuição!Vamos liberar os excessos, e guardar apenas o que podemos amar. Será que cuidamos e não há peças no fundo de alguma gaveta que há tempos não vêm a luz do sol? Se houver,certamente alguém poderá valorizá-las melhor. Com simplicidade podemos ser pró-ativos para o Bem Geral. 

Para quem se interessa pelo material educativo em filmes, seja para se inspirar, seja para exibir como ferramenta educativa, pode encontrar no site do INR www.institutoninarosa.org.br  inclusive um material novo, filme de 55 minutos todo em animação, que se chama VEGANA ideal para crianças e adultos de qualquer idade, e para ser divulgado em todos os ambientes e mídias que cada um tiver acesso. Muito do que dissemos aqui está representado lá.


Por Janaína Camoleze

19 de junho de 2011

Invadir domicílios para socorrer animais é legal perante a lei?

O direito que nos assiste quando expressamos o nosso inconformismo com o crime é o mesmo que se transforma em dever da autoridade pública em averiguá-lo, pois o cidadão espera dos órgãos de governo a proteção necessária contra o crime e a violência.
Muitas pessoas já sentiram tristeza e indignação quando ouviram o cão do vizinho uivando ou latindo, ou o miado do gato abandonado, expressando solidão, fome, angústia, dor e desespero pelas crueldades sofridas.
No último final de ano, um gato preso entre a janela e a rede de proteção de um apartamento no 15º andar do Edifício Paquita, em Higienópolis, região central da capital paulista, sem água e sem comida, chamou a atenção da mídia e ganhou destaque nos principais jornais e grandes portais de Internet. A foto do gato foi publicada, pela primeira vez, no início da tarde do dia 1° de janeiro, pelo estadao.com.br. Foram feitos pedidos de socorro ao Corpo de Bombeiros e à Polícia Militar, sem êxito.
O síndico do prédio, sabendo que os responsáves pelo gato abandonado viajaram para o Rio de Janeiro, sentiu-se na obrigação de invadir o asilo inviolável para prestar socorro ao animal. As pessoas que se preocupam com o bem-estar dos animais sentiram-se vitoriosas.
A Constituição Brasileira declara, no seu artigo 5º, XI, que “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial”.
Nada existe no nosso ordenamento jurídico que nos leve a entender que esta norma tenha por destino a prestação de socorro, exclusivamente, ao animal humano. Não tem fundamento e é arbitrária qualquer restrição ao texto constitucional, pois o próprio artigo 225, §1º, inciso VII, afirma incumbir ao Poder Público a vedação das práticas que submetam os animais à crueldade.
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” e que “para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade”.
Deixar um animal sem água e sem comida, preso entre a janela e a rede de proteção de um apartamento, durante vários dias, é submetê-lo à crueldade, é condená-lo à morte, é crime. De que maneira poderá o Poder Público, em obediência à Constituição, proteger este animal ou vedar a submissão dele à crueldade ou à morte sem socorrê-lo? É dever do Poder Público, fazendo uso de uma das exceções constitucionais ao princípio da inviolabilidade do domicílio, prestar socorro imediato ao animal.
Devemos lembrar, ainda, que o Código Penal, em seu artigo 150, §3º, inciso II, afirma “não constituir crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências, a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser”.
Algumas providências acautelatórias devem ser tomadas para que não venha a ser configurada a violação de domicílio. Em companhia de duas testemunhas, abra a porta da casa com um chaveiro e, depois da prestação do socorro, feche-a. No próprio local, lavre um termo descrevendo as condições em que se encontrava o animal, assine e colha as demais assinaturas. Comunique o ocorrido na circunscrição policial e leve o animal para ser atendido e examinado numa clínica veterinária. “Manter-se inerte diante de um ato de maus-tratos é conduta moralmente censurável, que só faz crescer a audácia do malfeitor”, conforme nos faz lembrar o brilhante Promotor de Justiça de São José dos Campos – São Paulo, Laerte Fernando Levai, em sua obra Direito dos Animais.
Fonte: ANDA
Por Alex Peguinelli

17 de junho de 2011

A vitela e o leite









A possibilidade de implantação de uma unidade frigorífica para a produção de ração animal, confinamento e morte de bezerros recém-nascidos em Castro, Paraná (1) gera a necessidade de fazer algumas conexões, do ponto de vista de um crescente público de consumidores éticos e conscientes. Sabemos que a indústria de carne de vitela ou baby-beef, nada mais é que um braço da indústria da produção de leite. Tanto é que, segundo os empresários, Castro possui muita “matéria-prima”, enquanto “bacia leiteira”. Ciente do amplo referencial sobre os bastidores da produção de vitela, não pretendo repetir o que já foi amplamente esclarecido em livros e artigos (2). Pretendo somente suscitar a reflexão ao consumidor, avaliando o custo ético disso tudo.
Para os que desconhecem a conexão vitela-leite, analisemos a situação pelo ponto de vista da vaca e seu filhote, espécie Bos taurus. Uma vaca, assim como uma mulher, espécie Homo sapiens, enquanto animais classificados biologicamente como mamíferos, têm como característica a presença de glândulas que produzem uma secreção conhecida como leite, produzida após o parto por um único motivo: nutrir o seu filhote. É preciso que a fêmea gere seu filhote para que seu organismo produza o leite. Sem filhote, sem leite. No caso da vaca “leiteira”, logo que o bezerro nasce, ele é retirado dela, para que o seu leite seja canalizado para o consumo humano.
O que fazer com o bezerro? Paula Brügger (2011), citando Peter Singer (2002), ressalta que originalmente o termo “vitela” era atribuído aos bezerrinhos machos, apartados de suas mães, rejeitados pela indústria leiteira e abatidos antes do desmame. Sua carne, pálida e macia, deve-se ao fato de nunca andarem nem comerem capim. A fim de aumentar o lucro com estes bezerrinhos, produtores holandeses, nos anos 1950, conseguiram aumentar o peso de um recém-nascido de cerca de 50kg para um bezerro de cerca de 200kg, sem perder a aparência de baby-beef (carne pálida e macia).
Como? Confinando os bezerros por cerca de quatro meses num regime que impede a sua locomoção em baias de cerca de 56cm x 137cm, acorrentando-os pelo pescoço, restringindo a sua alimentação para que se mantenham anêmicos, submetendo-os a um regime miserável, longe de suas mães, no escuro, com uma imensa tristeza e necessidade de sugar (como os bebês humanos), bebendo somente refeição líquida em baldes, tendo sérios distúrbios estomacais e digestivos, como diarreia crônica.
Se isso nos abala, logo perguntamos: por que existe? A espécie humana é a única que intencionalmente continua mamando leite alheio pelo resto de sua vida, mesmo diante de vários estudos que mostram a conexão entre este consumo e a geração de doenças, como o câncer (3). A vitela produzida “será destinada a mercados de alta gastronomia e exportada para a Europa e os Estados Unidos”, segundo informações dos empresários.
Este fato é um dos tantos exemplos que mostram a necessidade de desvendar os olhos da sociedade de consumo, reguladora decisiva do mercado por meiio de seus desejos e paladares. Esse desvendar já aconteceu comigo, e a partir daí comecei a fazer a conexão entre vida que sofre e o que é posto na mesa. Longe de impor verdades, a questão é estar ciente desta realidade, podendo optar pela manutenção ou pela abolição deste sofrimento animal e implicações para a saúde humana, dizendo sim ou não para este mercado. Lembrando dos bezerros e suas mães, podemos avaliar se o preço em dinheiro dá conta de pagar o custo de tanto sofrimento, seja na forma de salários dos funcionários, de lucro dos empresários ou de leite na geladeira.
Fonte - Por Andresa Jacobs


(Adesivo da loja Arte Vegan)

Por Nathalia Mota

14 de junho de 2011

Coletivos se unem para divulgar a adoção de animais

Ativistas membros dos Coletivos V.I.D.A. (Veículo de Intervenção pelo Direito Animal) e Amigos dos Animais de Assis se reuniram nesse sábado, véspera do dia dos namorados, para conscientizar a população sobre a adoção de animais. A manifestação intitulada “Amigo não se compra. Adote!”, teve por objetivo incentivar a adoção de animais de rua. Para isso, os coletivos contavam com panfletos e cartazes, que continham informações sobre as conseqüências de se abandonar ou comprar um animal. “Abandonar animais, além de ser crime, é um ato de crueldade, já que eles são indefesos e ficam expostos a todo tipo de violência”, ressaltou um dos ativistas participantes. “Ao invés de comprar animais, que tal adotá-los? Muitas vezes a realidade por trás dos petshops não condiz com as aparências. Os animais são tratados como mercadorias, ficam meses enjaulados e em muitos casos, quando não são vendidos, são simplesmente descartados.”

Caso queira mais informações sobre o trabalho dos coletivos V.I.D.A. e Amigos dos Animais de Assis, acesse: http://www.coletivovida.blogspot.com/ e http://www.animaisdeassis.blogspot.com/

Por Janaína Camoleze

12 de junho de 2011

O que tem na carne de frango?

Finalmente o FDA admite que a carne de frango contem arsênio causador de câncer

Depois de anos varrendo o problema para debaixo do tapete na esperança que ninguém notasse, o FDA finalmente admitiu que a carne de frango vendida nos EUA contém arsênio, uma substância química cancerígena que é fatal em doses elevadas. Mas a verdadeira história é de onde vem esse arsênio: Isso é adicionado à ração dos frangos de propósito! (é “fermento” para o crescimento dos galináceos).

Pior ainda, o FDA diz que a sua própria pesquisa mostra que o arsênio adicionado à ração acaba na carne do frango, onde é consumido pelos seres humanos. Assim, nos últimos sessenta anos, os consumidores americanos que comem frango convencional engoliram arsênio.

Até esse novo estudo, tanto a indústria de aves como o FDA negavam que o arsênio fornecido aos frangos permanecesse em sua carne. O conto de fadas contado para nós durante sessenta anos era a desculpa de que “o arsênio é excretado nas fezes das aves. “Não há base científica para fazer uma afirmação dessas… É só o que a indústria avícola queria que todos acreditassem”.

Mas agora a evidência é tão inegável que o fabricante do produto conhecido como Roxarsone de alimentação avícola decidiu retira–lo das prateleiras. E qual é o nome deste fabricante que colocou arsênio na alimentação de frango durante todos esses anos? Pfizer, é claro, – a mesma empresa que fabrica as vacinas contendo adjuvantes químicos que são injetados em crianças.

Tecnicamente, a empresa que faz o alimento, Roxarsone, para galinha é uma filial da Pfizer, chamada Alpharma LLC. Mesmo a Alpharma agora concordando em retirar essa substância química tóxica fora das prateleiras dos Estados Unidos, ela diz que não será necessário removê-lo de produtos para alimentação animal em outros países, a menos que seja forçado pelos reguladores locais. Conforme relatado por AP:
“Scott Brown, da divisão de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicina Veterinária da Saúde Animal da Pfizer disse que a empresa também vende o ingrediente em cerca de uma dúzia de outros países. Ele disse que a Pfizer está entrando em contato com as autoridades reguladoras nesses países e decidirá se irá vendê-lo numa base individual.


Arsênio? Coma mais! Yo!

Mas, mesmo com o produto contendo arsênio sendo retirado das prateleiras, o FDA continua a sua campanha de negação, afirmando que o arsênio em frangos está em um nível tão baixo que ainda é seguro comer. Isso é o mesmo que o FDA dizer que o arsênio é uma substância cancerígena, o que significa que aumenta o risco de câncer.

O Conselho Nacional do Frango concorda com o FDA. Em um comunicado emitido em resposta à notícia de que o Roxarsone seria retirado das prateleiras das casas de ração, ele declarou: “É seguro comer frango” muito embora admitisse que o arsênio seja utilizado em muitos lotes de aves em crescimento e vendido como carne de frango nos Estados Unidos.

O que há de surpreendente nisso tudo é que o FDA diz ao consumidor que é seguro comer arsênio cancerígeno, mas que é perigoso beber o suco de sabugueiro! O FDA, recentemente, conduziu uma invasão armada a um fabricante de suco de sabugueiro, acusando-o de “crime” de vender “drogas não aprovadas.”

Que droga é essa? O suco de sabugueiro, explica o FDA. Dá para entender? O suco de sabugueiro magicamente torna-se uma “droga” se você disser às pessoas que esse mato pode ajudar a saúde.

Fonte

Por Alex Peguinelli

10 de junho de 2011

Assis aprova Projeto de Lei nº061/2011. Que retrocesso!

Nós, cidadãos de Assis, estamos indignados com os acontecimentos da 19ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal, ocorrida no dia 06/06/2011. O motivo de nossa indignação é a aprovação do Projeto de Lei nº061/2011, que Dispõe sobre as normas para a realização de Rodeios no âmbito do Município de Assis e dá outras providências. O Projeto de Lei em questão permite o uso do sedém de lã durante as práticas do rodeio, instrumento colocado na região do vazio do animal, fazendo com que ele pule na arena. Ao contrário do que dizem os envolvidos com o rodeio, esse instrumento tortura o animal, já que é puxado com extrema força, esmagando vários órgãos ali alojados.

Várias falas sobre rodeio foram proferidas durante a Sessão acima citada, e foram, em sua totalidade, pretensiosas e não verdadeiras.

Um vereador afirmou, referindo-se aos protestos da população contra o Projeto de Lei, que “Assis é refém de meia dúzia de pessoas”. Na verdade, senhor vereador, os cidadãos é que são reféns de uma minoria, já que, mesmo com a miríade de e-mails de protesto que receberam, além dos apelos publicados nos meios de comunicação locais, sete vereadores foram responsáveis pela aprovação do tal projeto. Nos e-mails e nos documentos que receberam, há a menção de um baixo assinado intitulado “DECLARO QUE SOU CONTRA a realização de RODEIO na cidade de Assis-SP”, que já conta com mais de três mil assinaturas. Esse número é praticamente o triplo de votos que a maioria dos vereadores obteve para assumir o cargo de vereador. Mesmo assim, ninguém procurou o V.I.D.A. (Veículo de Intervenção pelo Direito Animal) para maiores esclarecimentos.

Outro ponto questionado na Câmara Municipal foi a falta de representação das pessoas contrárias ao Projeto de Lei em questão no dia de sua votação. A verdade é que nós, membros ou não do V.I.D.A., nos dividimos entre trabalho, família e estudos. Mesmo com tantas obrigações, ainda nos preocupamos com nossa cidadania, que parece só ter relevância para nossos políticos nas épocas de eleição. Achamos que os vereadores devem sempre ponderar a opinião da população, já que é sua obrigação garantir nossa representatividade. Para isso não achamos necessário encher a Câmara Municipal, já que acreditamos que representatividade não dependa de pressão.

O ápice da insensatez da 19ª Sessão se deu quando um empresário organizador de rodeios passou um sedém em seu rosto para “provar” que os animais não são prejudicados pelo instrumento. Por acaso o procedimento utilizado para fazer com que o touro pule na arena é passar o sedém em sua cara? O que os ativistas designados pelo Ministério Público para fiscalizar o rodeio de 2010 viram foi a utilização do instrumento de um modo bem mais violento e covarde, já que dois peões se uniam na tarefa de puxar o sedém para que o animal corcoveasse. Se seguirmos o raciocínio do empresário, até uma arma de fogo pode parecer inofensiva, se apenas a passarmos em nossa face. Isso mostra como a verdade dos fatos pode ser mascarada, sempre que interesses pessoais e financeiros estão em questão. E é desta forma que o parecer técnico da professora doutora Júlia Maria Matera, presidente da comissão de ética da USP, que mostra os resultados da pesquisa sobre o sistema nervoso de bois e cavalos e as péssimas consequências do uso de sedém nos mesmos, foi simplesmente deixado de lado, com a afirmação: “Muita coisa mudou desde 1997”. O que mudou, a anatomia do boi, senhor empresário?

Finalizando nosso protesto com a falta de respeito com a opinião da população, queremos relembrar o resultado do rodeio realizado em 2010: uma multa de quase 200 mil reais para a prefeitura de Assis. Nossa cidade foi autuada pelos maus tratos que os animais sofreram durante o rodeio. Entre os instrumentos que lhes causaram tortura, encontra-se o sedém. E ao invés de acabarmos com os maus tratos contra animais proibindo rodeios (já que, claro está que nenhum animal sai ileso de suas práticas), os vereadores aprovaram um projeto que legaliza o sedém de lã.

Gostaríamos de pedir festas sem violência e que valorizassem nossa cultura (já que o rodeio é mais uma das porcarias que assimilamos dos EUA). Por favor, façam festas do peão, mas sem os animais. As consequências econômicas para a cidade serão as mesmas, e assim evitamos a tortura e exploração de seres inocentes. “Esporte é uma prática entre competidores dotados de forças e habilidades igualitárias e que escolhem participar dela por livre e espontânea vontade. O resto é abuso e violência.”

Se você, cidadão consciente, deseja obter maiores informações sobre a barbárie por trás dos rodeios ou deseja esclarecimentos sobre os documentos citados, nos contate através do e-mail coletivovida@hotmail.com
Não resta dúvida de que animais são mau-tratados. A duvida é: Assis vai permitir tamanha violência em troca de um suposto crescimento econômico?
Acesse nosso blog: www.coletivovida.blogspot.com e veja nosso vídeo no youtube:  "Rodeio, a crueldade revelada". http://www.youtube.com/watch?v=j4VssMGNQ-M 

Coletivo V.I.D.A. (Veículo de Intervenção pelo Direito Animal).

8 de junho de 2011

Vereadores de Assis aprovam projeto de lei que permite realização de rodeios na cidade

ASSSITA AO VIDEO: http://tn.temmais.com/noticia/8/46243/vereadores_de_assis_aprovam_projeto_de_lei_que_permite_realizacao_de_rodeios_na_cidade.htm

A medida regulamenta, principalmente, a utilização do sedém nos rodeios, o cinto que aperta o animal e que causaria desconforto ao touro.
Os vereadores de Assis votaram na segunda o projeto de lei que permite a realização de rodeios na cidade. O plenário ficou lotado de peões de rodeio e pessoas que trabalham nos eventos. Todos esperavam a aprovação do projeto de lei que regulamenta a realização das provas na cidade. O autor do projeto é o vereador José Fernandes, do PT, que usou a tribuna para reclamar da atuação de entidades protetoras dos animais que pretendiam impedir a aprovação da lei.

O projeto regulamenta, principalmente, a utilização do sedém nos rodeios, o cinto que aperta o animal e que causaria desconforto ao touro. O empresário de rodeio, Rogério Paitl pediu a palavra e defendeu que os animais são bem tratados. Depois de cada vereador analisar o sedém, o projeto foi aprovado por sete votos a favor e duas abstenções.  

A aprovação da lei não deve por fim a discussão, mas, com ela, os vereadores decretaram que o sedém não causa nenhum tipo de maus-tratos aos animais. O projeto de lei tem agora 15 dias para ser sancionado pelo prefeito. Nenhum representante de entidades defensoras dos animais esteve na câmara durante a votação do projeto. Em março deste ano o Tem Notícias mostrou que o Ministério Público instaurou ação civil pública contra as prefeituras de Assis e Tarumã.

O promotor pede pagamento de multa de quase R$200 mil para cada cidade com base em um vídeo feito por membros de uma associação protetora dos animais. Para o Ministério Público houve maus tratos com chutes, tapas, utilização de instrumentos de choques e até o uso do sedém. Os organizadores dos eventos negam os maus tratos e já apresentaram suas defesas na justiça.

Animais estão sendo assassinados em Assis.

 
 
Venho, através deste, fazer ´denúncia pública´ sobre assassinatos que vêm ocorrendo na cidade de Assis-SP. (Somente um promotor pode denunciar alguém. Mas esse é um termo usado popularmente para levar a conhecimento público um determinado fato ilegal.)

Desde a noite do dia 25 de maio, durante três noites consecutivas, um indivíduo (do qual já temos suspeita) está usando veneno altamente tóxico (desconfiamos que seja ´chumbinho´, um produto ilegal) dentro de pedaços de sardinha, jogados em plásticos, e assassinando gatos de estimação nas proximidades das Rua Campos Novos e Travessa da Saudade (Vila Central), em Assis-SP. No total, até agora, já morreram mais de 10 gatos. No madrugada de sexta para sábado, um dos meus gatinhos mais novos morreu agonizando nos meus braços, e posso dizer que foi a sensação mais horrível e triste que tive na vida.

Não consigo entender como pode haver um ser humano sem compaixão. Aliás, uma pessoa que não tem compaixão pelo sofrimento de qualquer ser vivo, não pode ter compaixão pelo sofrimento de seres humanos também.
* Compaixão (do latim compassione) pode ser descrito como uma compreensão do estado emocional de outrem; A compaixão freqüentemente combina-se a um desejo de aliviar ou minorar o sofrimento de outro ser senciente, bem como demonstrar especial gentileza com aqueles que sofrem.

Todos os meus gatos e de minhas vizinhas, que foram mortos, são castrados, bem alimentados e cuidados.

Ontem, depois de enterrar os corpos dos meus gatos com a ajuda de uma amiga (não conseguiria fazer isso sozinha), fui à Delegacia Seccional de Assis – Plantão e registrei o fato sob o Boletim de Ocorrência número 1030/2011. Porque esse fato, como todos sabem, é crime: Art. 32 da Lei Ambiental - Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Gostaria de pedir o apoio dos amigos e imprensa local e regional para divulgarmos tal fato e, me coloco à disposição, assim como minhas duas vizinhas que tiveram seus animais assassinados, para maiores esclarecimentos ou produção de matérias.
Atenciosamente,
Maria Clara Spinelli
Funcionária Pública Estadual e Atriz.

Por Henrique Cruz.

7 de junho de 2011

Vídeo - Somos apenas diferentes

Vídeo emocionante produzido pelos irmãos Brendan e Ayden Elworthy, de 18 e 10 anos respectivamente, super conscientes e sensíveis aos animais, refletindo sobre como nós, os habitantes desta terra, não somos melhores ou piores, somos apenas diferentes!




Fonte

Por Nathalia Mota

4 de junho de 2011

Assis tem projeto de lei que aprova o uso de sedém em rodeios

Olá, amigos e amigas ativistas!
O Coletivo V.I.D.A. tem a triste notícia de que Assis pretende aprovar uma lei que permite o uso do sedém de lã nas práticas dos rodeios!
Este projeto de lei irá para votação na segunda-feira agora, dia 06. Portanto, precisamos da sua ajuda! Nós redigimos a carta abaixo para que todos enviem aos vereadores de Assis, na tentativa de que eles votem contra esse projeto absurdo. 
Para maiores informações sobre o Projeto de Lei, é só acessar http://www.camaraassis.sp.gov.br/ e clicar no link "sessões". 
Por favor, manifestem suas opiniões, copiem o texto abaixo e enviem para os seguintes endereços de e-mail (se possível, identifiquem-se): Lembrem-se de colocar assunto: Sou contra o projeto de lei 061/2011.
ricardopinheiro@camaraassis.sp.gov.br
anasanta@camaraassis.sp.gov.br
cmarlindo@camaraassis.sp.gov.br
cmdiniz@camaraassis.sp.gov.br
kikobinato@camaraassis.sp.gov.br
timba@camaraassis.sp.gov.br
cmmarcio@camaraassis.sp.gov.br
coletivovida@hotmail.com
O ultimo email é só para termos noção do apoio.

É nossa chance de tentar impedir que legalizem a prática de crueldade contra os animais.

Nós, membros da população assisense, vimos através desta carta manifestar nossa preocupação com o Projeto de Lei nº061/2011, de autoria do vereador José Aparecido Fernandes, que dispõe sobre as normas para a realização de rodeios no âmbito do município de Assis e dá outras providências. Este projeto de lei irá para votação na 19ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Assis, no dia 06 de junho, na próxima segunda-feira. Nossa preocupação fundamenta-se, principalmente, no parágrafo 1º do Artigo 4º, que legaliza o uso de sedém de lã nas práticas de rodeio. O sedém é um instrumento colocado na região do vazio do animal, fazendo com que ele pule na arena, durante os rodeios, independente do material com que ele é confeccionado. Tal prática é extremamente cruel, pois causa grande sofrimento ao animal, torturando-o. Embora as pessoas envolvidas com a terrível prática do rodeio pretensiosamente afirmem que o sedém não causa dor ao animal, a verdade é que devemos embasar nossa opinião em estudos de profissionais competentes no assunto. Utilizamo-nos, como exemplo de estudo bem sucedido sobre o assunto, o parecer técnico da professora doutora Júlia Maria Matera, presidente da comissão de ética da USP, que mostra os resultados da pesquisa sobre o sistema nervoso de bois e cavalos e as consequências do uso de sedém nos mesmos. Segundo a professora doutora, “a utilização de sedém (...) gera estímulos que produzem dor física nos animais (...). Além da dor física, esses estímulos causam também sofrimento mental aos animais, uma vez que eles tem capacidade neuropsíquica de avaliar que esse estímulos lhes são agressivos.”
É importante ressaltar que alguns órgãos da cidade de Assis que se ocupam de garantir que os Direitos Animais sejam cumpridos, já realizaram diversas campanhas contra a prática do rodeio, obtendo apoio da população. Um exemplo disso é o abaixo assinado que sugere a proibição da prática do rodeio em Assis, que já conta com mais de três mil assinaturas.

Nós, cidadãos da cidade de Assis, acreditamos que as decisões políticas devem apoiar seus alicerces em sólidas bases éticas e morais, que não tenham por base a exploração, seja ela econômica, política, cultural ou social. Esperamos que, ao eleger nossos vereadores, não sejamos cúmplices e financiadores de ações violentas ou opressoras.
É por tais motivos que nós, cidadãos preocupados com os rumos legislativos de nossa cidade e suas consequências, pedimos que os senhores vereadores, como representantes da população de Assis, votem contra o Projeto de lei nº061/2011.

O rodeio é um destes eventos em que a cultura antropocêntrica se faz mais do que presente e, através dele, animais humanos fazem com que animais não-humanos se tornem meros objetos de interesse financeiro.

   
Falamos como cidadãos preocupados com o tipo de herança cultural que deixaremos para nossos filhos e netos e pedimos para que você, político responsável, deixe de apoiar este tipo de evento.


2 de junho de 2011

Se os pássaros falassem


O PEA – Projeto Esperança Animal é uma entidade sem fins lucrativos que combate os maus-tratos aos animais. Não recebe verba ou qualquer apoio do governo. Nenhum deles. Depende de doações para lutar pelos animais. Todos eles.
Seus projetos visam a preservar o meio ambiente e animais em geral, mediante ações de conscientização da sociedade. Seus integrantes e apoiadores acreditam que a mudanças dos hábitos, de consumo e de entretenimento são capazes de garantir o bem-estar de todas as espécies do planeta.
Assim como o VEDDAS – Vegetarianismo Ético, Defesa dos Direitos Animais e Sociedade, o Instituto Nina Rosa, o Holocausto Animal, o Vista-se, a ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais, a Vanguarda Abolicionista, o IAA – Instituto Abolicionista Animal e a Alabh, entre outros, o Projeto Esperança Animal luta por um mundo melhor para os animais, para a natureza e por consequência, para o ser humano.
Olavo Bilac, poeta, nem sabia que estas organizações um dia viriam a existir. E escreveu, com uma compaixão pouco vista em seres de nossa espécie, um poema intitulado “O Pássaro Cativo” cujo trecho ouso aqui transcrever de um dos panfletos usados pelo PEA em seu trabalho de conscientização.
Nossas crianças – tabulas rasas -, nossos jovens – muitos ainda inocentes, adultos e idosos já acostumados com gaiolas de ouro, e que transmitem muitas vezes a idéia equivocada de que animais devem viver enjaulados, todos podem ouvir/escutar o que um pássaro cativo diz, pois sempre falo que pássaros em gaiolas não cantam, lamentam.
“Não quero o teu alpiste!
Gosto mais do alimento que procuro
Na mata livre em que voar me viste;
Tenho água fresca num recanto escuro
Da selva em que nasci;
Da mata entre os verdores,
Tenho frutas e flores,
Sem precisar de ti!
Não quero a tua esplêndida gaiola!
Pois nenhuma riqueza me consola
De haver perdido aquilo que perdi…
Prefiro o ninho humilde, construído
De folhas secas, plácido e escondido
Entre os galhos das árvores amigas…
Solta-me ao vento e ao sol!
Com que direito à escravidão me obrigas?
Quero saudar as pompas do arrebol!
Quero, ao cair da tarde,
Entoar minhas tristíssimas cantigas!
Por que me prendes?
Solta-me covarde!
Deus me deu por gaiola a imensidade:
Não me roubes a minha liberdade…
Quero voar! Voar!…”
Estas cousas o pássaro diria, se pudesse falar. E a tua alma, criança, tremeria, vendo tanta aflição. E a tua mão tremendo, lhe abriria a porta da prisão. Somos seres ditos ‘humanos’ não somos?  Então porque infligimos tanto sofrimento a outros seres? Eles não querem nossa piedade. Merecem nosso respeito. Pensemos sobre isso.
Por Nathalia Mota