12 de outubro de 2010

Estudo revela a ineficiência dos testes em animais

Existem várias razões para não se testar em um animal: é desumano, cruel, caro, e modelos animais não podem responder pelo organismo humano.



 Agora, foi descoberta mais uma razão para se acrescentar à lista: as gaiolas em que os ratos são mantidos altera seu cérebro.
De acordo com reportagem da Animals Change, um dos argumentos para provar que testes em animais não funcionam, além do fato de que humanos têm fisiologia diferente de camundongos ou chimpanzés, é que a condição estressante dos laboratórios pode alterar o resultado de um experimento.


O estresse causa uma série de reações físicas que mudam a reação do corpo a drogas ou outros estímulos. Em outras palavras, o ambiente artificial de um laboratório não diz nada sobre como um animal responderia a diversos fatores no mundo real; é ainda mais distante de mostrar algo útil para a sociedade humana.
Cientistas do mundo todo criaram experimentos que envolvem ratos. Acabar com tais experimentos daria um prejuízo grande. Mas um novo estudo da Universidade do Colorado mostra que os efeitos do ambiente de teste não apenas modificam o psicológico do animal – modifica fisicamente o cérebro.
Os cérebros dos roedores são extremamente sensíveis ao ambiente que os cerca. Diferentes fatores alteram seu senso olfativo ou nível de agressividade, por exemplo.

Diego Restrepo, que recentemente publicou um artigo sobre o assunto, disse: “isso poderia explicar por que existem tantas falhas em repetir descobertas laboratoriais e por que tantos dados conflitantes são publicados em diferentes laboratórios mesmo quando camundongos geneticamente iguais são usados.”
Portanto qualquer coisa que aconteça em laboratório, por definição, não tem como ser um “processo natural”.
Essa pesquisa pode ser usada para o bem ou para o mal. Num mundo ideal, os cientistas reconheceriam as implicações desse estudo: modelos animais não funcionam.

 Fonte

Por Nathália Mota

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