4 de maio de 2011

Proteste já: empresa vende minicoelhos pela internet


Reportagem da Folha.com na semana santa divulgou o link de uma empresa que lucra vendendo minicoelhos, tratando animais como objetos e mercadorias.
O site em questão é o Quero Meu Coelho, e a empresa que o possui viola qualquer preceito ético concernente aos animais não-humanos. A página principal descreve os minicoelhos como uma empresa comercial descreve os pontos positivos de seus produtos:
Algumas características:
? São animais limpos e fáceis de cuidar, podem ser soltos dentro de casa ou apartamento;
? Não têm cheiro no pêlo, lavam-se sozinhos, portanto, não necessitam de banho;
? Não precisam de vacinas;
? Baixo custo de manutenção (sic) e alimentação;
? São em geral, dóceis e apegados aos donos;
? Tamanho: variam entre 25 e 35 cm de comprimento e pesam entre 1 a 2kg;
? Expectativa de vida: de 6 a 8 anos;
? Fazem suas necessidades em um lugar específico.
Os custos da compra dos “produtos” são assim descritos:
Resumo dos custos:
– Filhote: R$ 75,00 cada, R$ 95,00 de olhos azuis.
– Frete aéreo: clique aqui para ver a tabela de preços.
– GTA + atestado de saúde + translado + 1 caixa de transporte: R$ 100,00
* O valor do frete é o mesmo para até 3 filhotes.
1 caixa de transporte comporta até 3 filhotes.
* Os filhotes são realmente avaliados antes do envio, não trocamos filhotes avaliados e não mandamos atestados emitidos sem consulta. Para sua segurança, no atestado consta a descrição física de cada filhote e podemos enviar o contato do veterinário responsável para confirmação.
Calculo do valor total: 
Valor dos Filhotes + Frete + R$ 100,00 (para até 3 filhotes) = valor total
É hora de protestarmos contra essa empresa que joga qualquer noção de ética no lixo e trata seres sencientes como mercadoria.
Há duas formas de enviar seu protesto: uma pelo formulário de contato, outra por dois e-mails: contato@queromeucoelho.com.br e contato@minicoelho.com.br. Não economize palavras para repudiar essa empresa.
A lei brasileira pouco pode fazer no momento contra empresas que tratam animais como produtos, visto que ela pune predominantemente violências óbvias, julgadas cruéis pelo bem-estarismo, e não considera ilegal o comércio de animais não-humanos. Portanto, a justiça terá de vir de nossos protestos.
Dê um basta ao especismo, ao tratamento de animais não-humanos como seres inferiores passíveis de posse e preço. Não tolere a existência de empresas como a “Quero Meu Coelho”.
Por Nathalia Mota

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