O veganismo, filosofia que tem por objetivo ético a não utilização de produtos de origem animal, vem aderindo cada vez mais adeptos. Atualmente, estima-se que cerca de 5% de brasileiros, em torno de 7,6 milhões de pessoas, seja vegetariana. De acordo com o Instituo Ipsos Brasil, 28% da população brasileira tem buscado consumir menos carne.
Há dois anos, a publicitária Milena Pacheco tornou-se vegana. Ela explica que além de carnes, os veganos excluem ovos, leite, e qualquer produto de procedência animal da alimentação, como gelatinas e mel. “O veganismo vai além da dieta e atua no boicote a eventos ou produtos de empresas que causam a morte ou o sofrimento animal, como peças de vestuários que contenham peles, incluindo couro e camurça, ou outros materiais provenientes de animais, como marfim e lã”, fala.
O veganismo não incentiva nenhuma forma de escravidão animal. Os veganos, também, não passam mais a freqüentar zoológicos e deixam de comprar bichos de estimação e produtos testados em animais, incluindo remédios, cosméticos e artigos de limpeza.
A Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) estima que, por semana, dois mil brasileiros se tornam vegetarianos. Apesar do número de adeptos a esta filosofia estar em ascensão, os veganos são considerados por muitos como radicais e ainda sofrem preconceitos. “A maioria das pessoas não entende, faz piada e nos acha diferentes dos outros”, comenta Milena.
Mesmo após adotar o vegetarianismo algumas pessoas voltam a consumir carne e seus derivados por diversos motivos. A psicóloga Francine Guerra de Luna diz que optou por virar vegetariana com o objetivo de evitar o sofrimento e morte de animais. “Acredito que quando nos alimentamos deles, também ingerimos seu sofrimento. A prática da Raja Yoga foi outro fator importante para a tomada dessa decisão, pois a digestão da carne é lenta e exige grande gasto energético que poderia ser melhor direcionado para a meditação”, explica.
Mas ela voltou a comer carne durante a sua gravidez. “Quando engravidei o meu obstetra disse que eu poderia continuar vegetariana, mas corria o risco de desenvolver um acretismo placentário, caracterizada como implantação da placenta no segmento inferior do útero, cobrindo total ou parcialmente o orifício cervical. Em condições normais da gestação, a placenta é implantada no segmento superior do útero. Neste momento fiquei com medo de prejudicar a gestação e o mito da falta de nutrientes para uma dieta vegetariana falou mais alto”.
Aos interessados no veganismo, Milena dá algumas dicas: “Buscar informações com quem já conhece o assunto é sempre uma forma mais fácil, rápida e segura, e se a pessoa mora na mesma cidade que você, pode te passar várias dicas de locais para comer ou comprar produtos naturais/vegetais.
A técnica em Nutrição e Dietética, Gabriela Mantovani Guerra explica que o vegetariano deve ter muito cuidado com sua alimentação e variedade no consumo dos alimentos. “É preciso procurar ingerir aqueles que são fontes de vitaminas, minerais e outras de proteínas, principalmente de alto valor biológico, ou seja, que contenham todos os aminoácidos que o organismo não produz e necessita para um bom desenvolvimento”.
Estas proteínas, de acordo com Gabriela, podem ser encontradas na combinação de cereais com leguminosas, como arroz com feijão, ou soja e seus derivados, como leite de soja, tofu e proteína texturizada de soja, comenta.
Há também uma vitamina encontrada apenas em alimentos de origem animal, a B12, importantíssima para o bom funcionamento do código genético, para todas as células do organismo, especialmente as do trato gastrointestinal, tecido nervoso e medula óssea na maturação de células sanguíneas. “O vegetariano deve ficar atento a isso, fazer acompanhamento médico ou nutricional com exames de sangue e se necessário a reposição desta vitamina por injeção ou comprimido, alerta a técnica.
O mineral ferro, deve ser obtido em alimentos de cor verde-escuro juntamente com a ingestão de fontes de vitamina C, os cítricos como: laranja, acerola, limão e morango para proporcionar maior absorção e aproveitamento pelo organismo. “Independente de seu hábito alimentar ou filosofia de vida, o segredo de uma alimentação saudável é o equilíbrio e a diversidade dos alimentos”, esclarece Gagriela.
Fonte: http://vista-se.com.br/redesocial/entenda-mais-sobre-o-veganismo/
Por Alex Peguinelli
Acho excelente que as pessoas conheçam um pouco mais do veganismo e aprendam não somente a respeitar isto, mas também o que podem fazer para adotar um estilo de vida saudável.
ResponderExcluirEu não sou totalmente vegetariana, cortei as carnes, exceto a de peixe do meu cardápio. Minha saúde melhorou em 70%. Minhas alergias melhoraram e não sofro mais com ocasionais constiparções. Até o cabelo fica bonito.
Vale muito à pena adotar esse estilo de vida.